Pedrinho – Se alguém falar em Pedro Aurélio de Brito algumas
pessoas não saberão que é mas se disser Pedrinho da Burra, atletas e torcedores do passado saberão que foi.
Pedrinho foi um atleta que deixou saudade não
somente pelo brilhante futebol que apresentava dentro das quadras e dos desgramados campos de nossa cidade,
como também pelo seu comportamento fora das quatro linhas. Seu futebol era refinado e clássico. Era um jogador com atuações regulares. Não gostava de
perder e atuava com muita raça. Não misturava a virilidade com violência. Na área,
estava sempre atento aos ataques do adversário. Combatia, corria para cobrir
seus companheiros e lutava pela vitória até o ultimo minuto. Era tipo do
jogador que empolgava sua torcida. Aqueles que conheceram Pedrinho sabem muito bem que sempre foi um rapaz
humilde, franco, correto, e cumpridor de seus deveres.
Poucos são os jogadores que fazem parte desta
relação de jogadores disciplinados. Dentro do campo Pedrinho corria o campo
todo, defendia, atacava e ainda tinha tempo para fazer gols. Depois que se
formou tornou se um grande administrador.
Quando eu estava preparando esta pequena homenagem
recebi um email do Pedrinho contando um pouco de sua história e ilustradas por
algumas fotos, que publico aos amigos abaixo:
Caro Jobedis,
Conforme sua
solicitação, estou te enviando novas fotos que consegui recuperar, lamentando
ter pedindo a maioria, em virtude de algumas mudanças de cidades e residências
que tive que fazer, por força das minhas atividades profissionais. Vale
lembrar, que na nossa juventude (60 e 70) não era disponível com facilidade,
maquinas fotográficas, como ocorre hoje até nos celulares.
ALGUNS
FATOS IMPORTANTES:
I.
A
minha participação nas atividades esportivas de Campina Grande, aconteceu em
entre 1964 a 1973. Período de ouro do futebol de salão e futebol de campo.
Em 1973 me
formei em economia pela FACE e fui morar em Teresina/PI, trabalhar no SEBRAE,
retornando a Paraíba (João Pessoa) para trabalhar no PARAIBAN (emprestado pelo
SEBRAE) e finalmente voltei pro SEBRAE onde fui Diretor por 13 anos, me
aposentando em 2011.
Poucos sabem,
mas nasci em Teresina/PI e com 06 meses, vim morar em Campina Grande, terra da
minha mãe e do meu irmão Floriano (Faninho) médico, que mora até hoje em
Campina.
“““ “““ Para
minha alegria, recebi o titulo de “Cidadão Campinense” em 12/12/97 e” Cidadão
Paraibano” em 19/11/2009.
O auge de minhas
atividades esportivas em Campina Grande, aconteceram entre 1964 a 1970, pois
depois de 70, joguei pelo time de futebol da Faculde nos jogos universitários e
amistosos.
Interrompi minha
participação nos campeonatos de futebol de salão a partir de 1971, pelo fato da
minha esposa (na época namorada) residir em João Pessoa, local para onde eu me
deslocava todo final de semana.
II.
COM QUEM JOGUEI FUTEBOL DE SALÃO (PELO
MESMO TIME)
Lúcio, Paulo,
Virgolino, Antonio Lidio, Keka, Marcelão, Otan, Aluisio Neguinho, Betinho Mala
Veia, Zacarias, Expedito, Hugo Bala, Jorge, Natal, João da penha, Tanheca,
Jobedis, Hermani, Naldo, Silvestre, Lulu, Valdi Ventinha, Valdemar(irmão de
Valdi), Gil, Simonal, Ademir, Ademildo, Aldani, Zé Buraco(irmão de Toinho),
Chula, China e Marco Valério.
III.
QUEM ENFRETEI:
Alexandre, Toinho,
Cyl, Simplicio, Mazar, Tom, Pibo, Sebastião Vieira, Marcilio, Gilson, Geraldo,
Wagner, Betinho Mota, Humberto Campos, Benivaldo.
IV.
COM QUEM JOGUEI FUTEBOL DE CAMPO (MESMO
TIME)
Valdo (pela
FACE), Queca, Pedro Erival (Raposinha FACE), Elias (FACE-Raposinha), Aluisio
Neguinho (FACE), Tom (FACE), Jujú (FACE-Raposiha), Zacarias (PIO XI) (Pão
duro), Dinaldo (Trezinho), Tanheca Aldani e Paulo Virgolino.
V.
QUEM ENFRETEI:
Alexandre
(POLI), Toinho (POLI), Pibo, Wagner, Simplicio, Silvestre, Curura, Natal, Queca,
Humberto Campos, Sabará e outros.
VI.
TREINADORES:
Pai Vei, Alberto
Queiroz, Alexamdre (jogos colegiais), Saulo Bochechinha e Pedro Erival.
VII.
AS TRÊS MAIORES PARTIDAS DE MINHA
VIDAESPORTIVA EM CAMPINA:
1ª PARTIDA:
No campeonato de
futebol de salão (Torneio inicio de 1965 ou 1966), o 13 F.S. decidiu com o
campinense. O 13 venceu de 1x0. Neste jogo, fiz uma das três maiores partidas
de minha vida. Eu tinha a missão de marcar Alexandre. Meu forte era a marcação
“homem a homem”, e a “antecipação de tempo de bola”. Neste dia “anulei”
Alexandre, que não conseguiu fazer nenhuma jogada de perigo para o gol.
Simplicio,
perdeu a cabeça e tentou me tirar de campo, usando seu porte fisico e em outra
oportunidade, numa cobrança de falta, chutou em cima de “barreira” onde eu
estava. A bola raspou minha “cabeça”, indo para arquibancada da AABB, quebrando
um azuleijo.
No final da
partida, recebi os “parabéns” de Alexandre e Toinho.
2ª PARTIDA:
Em 1968 ou 69, o
Estudante precisava vencer o Esporte F.S (Bairro da Conceição) do empresário
José Bulcão (tio de Tadeu Bundinha). Jogaram no Esporte (Eu, Betinho, Mala,
Veia, Lulu, João da Penha, Rogério e outros que não recordo). O treinador Miro
do Campinense (se desse empate em Vitória do Esporte, o campeonato de Futebol
de salão, daquele ano, seria decidido em uma série de melhor de 3 entre o
Estudante e o Campinense), veio ao nosso vestuário dar uma força. Minha
motivação era “botar água no Chopp do Estudante”. Consegui anular Sebastião
perseguindo – o até no “banheiro”. A marcação foi tão forte, que Sebastião (meu
amigo e vizinho na Rua Epitacio Pessoa) perdeu o controle por 1 segundo e
tentou me atingir com um “bicudo” no meu tornuzelo. Sebastião não jogou e o
jogo terminou 0x0. No final do jogo, Miro me carregou nos braços e Alberto
Queiroz no seu Programa de Rádio, atribuiu a mim, o fato do Estudantes não ter
sido campeão naquela noite. Na melhor de 3 venceu o campinese.
3ª PARTIDA:
Jogando pelo PIO
XI, contra o Estadual da Prata, pelos jogos cologiais de 67, tive participações
decesiva na vitória do PIO XI. Vencemos por 2x0, gols de Marcelão (em 2
laterais cobrados por mim em jogadas iguais ensaiadas no treino.
Nosso time – Zacarias / Pedrinho / Paulo Virgulino / Marcelo e Leucio.
Estadual – Jonas / Antonio Lidio / Oscarzinho (rapozinha) e Ademir.
Eu não perdi 1
único combate, nem dividida com Antonio Lidio e Oscarzinho que perderam a
cabeça e tentaram me “pegar” o tempo todo no 2º tempo. Modestia à parte fui um
“guerreiro” e não levamos nenhum gol.
Jamais
esquecerei este jogo e minha participação na vitória.
VIII.
TÍTULOS FUTEBOL DE SALÃO:
-Campeão do
Torneio Inicio de futebol de Salão de Campina Grande de 1965, pelo 13 F.S.
(este time antecedeu o 13 de Lúcio / Aluisio / Jobedis e Balinha).
-Campeão dos jogos
colegiais de Campina Grande.
1967 – Pelo
colégio PIO XI
1968 – Pelo
colégio Estadual
Futebol de Campo
-Vice-campeão
Universitário da Paraíba em 1972, pela FACE (Economia)
-Campeão dos
jogos colegiais de Campina Grande, pelo PIO XI (jogava no time Keka / Pedro
Erival e outros)
-Campeão do
Torneio Inicio do campeonato dos Bancários em 1978, pelo PARAIBAN (eu já era
Economista);
-Campeão do
Campeonato do Bancários em 1978, pelo PARAIBAN.
Obs: As datas
acima, pode sofrer alteração de 1 ano para cima ou 1 para baixo.
IX.
OPORTUNIDADES
1.
Recebi
convite de Alexandre para treinar no Campinense não fui, pelo fato de ser
apaixonado pelo Treze e odiar o Campinense (naquele tempo tinha amor a camisa).
2.
Não
fui para o Estudantes (convite do amigo Sebastião) por não aceitar ficar no
“banco” (reserva de Hugo bala) que não se machucava e não faltava aos jogos.
Euqueria jogar sempre.
3.
Alberto
Queiroz, formou uma seleção campinense de Futebol de Salão, para jogar contra o
Naútico de Recife (campeão pernambucano). De última hora ele convocou Expedito
para substituir Tom, que já foi jogar contra o Cabo Branco em João Pessoa, e eu
para substituir Hugo Bala (fiquei no banco).
X.
CLUBES QUE JOGUEI
FUTEBOL
DE SALÃO FUTEBOL DE CAMPO