POR: JOBEDIS MAGNO DE BRITO NEVES
O vai-e-vem começava na porta da Catedral nos dias de Domingos, moças circulando e os bigodetes em círculos, fazendo gracejos tentando se fazerem notar. A "paquera" ainda não havia sido inventada. Era o "flerte", algumas olhadas de rabos-de-olhos. A juventude contagiada de alegria, borbulhava no centro da cidade. Depois da espera do transcorrer da semana de trabalho ou de estudo, chegavam os dias de encontro, do inicio de namoro, das primeiras tentativas de conquistas. O clima propício e as românticas musicas da “Jovem Guarda” justificavam o fascínio do "ponto de encontro", tempo da “paquera” na Rua Maciel Pinheiro.
Foi aí que alguns rapazes da cidade começaram a se reunir constituindo grupos integrados, animando os encontros, pois subiam sempre juntos pela Avenida Floriano Peixoto para a Cadedral e participavam dos eventos da cidade, das missas, das “Festa de Rua”, dos bailes, dos “assustados” dos “rachas de Futebol de salão e basquete, do futebol de pelada e das festas em clubes em geral.
Era uma turma de jovens constituída de estudantes ou que já trabalhavam, não bebiam, não “fumavam” e não usavam drogas, dando inveja a outros rapazes que não tinham chance de participar dessas turmas por ser um grupo fechado.
Ainda hoje estas turmas ainda continuam muitos amigas e se reúnem pelo menos uma vez por ano, num festa de confraternização e são todos pessoas conhecidas e importantes da cidade. E foi assim que eu e a minha geração desfrutamos nossa infância, adolescência e juventude. Primeiramente correndo na rua e praças, nas brincadeiras de futebol, pega-pega, do esconde-esconde, na cabra-cega, depois aprendendo a arte da conquista, dos assobios e dos gracejos.
As paqueras na Rua Maciel Pinheiro estava terminando, enquanto a sessão do cinema estava começando, restavam agora, alguns grupos de rapazes nas esquinas, e na praça contando sobre os fatos do fim de semana, as tentativas de conquistas e de suas novas esperanças. No fim da sessão do cinema a avenida já estava vazia, Segunda-feira era dia de trabalho, mas no próximo fim de semana na avenida.Estaríamos novamente, assim como, na missa, no futebol e nas paqueras...
Hoje, o garoto que fugia de casa para jogar bola na rua ou na frente de sua residência não tem mais como fazer isso, porque a cidade cresceu e os campos se acabaram, como o do Gremio do São Jose, Textil, Olaria no Catolé, dos times da Liberdade: os campos do Botafogo, do Comercio e do Oriente entre outros, onde as pessoas tinham um lugar especifico para jogar futebol, mas que todos foram extintos.
Naquela época, quando não tinha muita atração na cidade, a opção de lazer era bola e cinema. Jogávamos bola para depois ir para a cinema, atualmente não tem mais um cinema ou campinho, o esporte hoje em dia, não sendo mais como antigamente quando toda as comunidades e bairros da cidade tinha campo de futebol. Deixou saudades!!!!!!!!!!
Algumas fotos de amigos do passado:
galeras do São José
Fotos de alguns amigos no presente:
Na foto vemos Macaxeira (por traz Fernando Canguru e Zeca Gabiru), Gilson, Braulio, Benê, Vadico, Mirim, Macaiba e ?
Marcilio, Nenê, Tonheca, Benedito e Ze Benicio
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