Continuando com a memória
do esporte de Campina Grande vamos comentar a vida futebolística de Zé Ireno, o inesquecível e
vigoroso atacante que marcou na história do futebol profissional da nossa
cidade. No Museu procuro enaltecer pessoas que tiveram grande importância
dentro do esporte de Campina Grande na minha ótica, faço de coração pois muitas
vezes acompanhei de perto a história destas pessoas e nada mais justo de se
fazer as homenagem, não importando o tamanho de sua contribuição ao nosso
esporte, ou a camisa que vestiu se foi ou não jogadores do Treze, Campinense ou
outro qualquer todos tem sua importância no contexto esportivo e merecedores de
elogios.
Ze Ireno era de Natal/ RN
que ainda jovem chegou a nossa cidade disposto a fazer história. Por ser baixo
e inquieto com a bola e de grande rapidez o Zé Ireno se consagrou na
raposa sendo um dos grandes jogadores na conquista do hexa campeão na década de
60.
O craque surgiu no bairro
das Rocas em Natal/RN. Na década de 60 foi considerado um dos melhores
atacantes do futebol do Nordeste. Na época atuou nas equipes do Globo, América,
Ferroviário e Campinense (PB). No auge da carreira foi um dos componentes de um
dos melhores meio de campo do futebol do Nordeste, formado por: Tonho Zeca,
Araponga e Zé Ireno. Até hoje, permanece na memória dos torcedores Paraibanos.
Disciplinado, ninguém se lembra de tê-lo visto ser expulso
por algum árbitro. Nem mesmo advertido pelo cartão amarelo. Tampouco vibrava
com os bonitos gols que fazia. Começou nas Rocas, e sua carreira não foi
das mais movimentadas. Começou no Globo, depois Campinense Clube/PB, onde fez
grande sucesso, ganhando alguns títulos estaduais, EC Bahia, ABC,
América e novamente o Ferroviário, em 73.
José Ireno, nome simples de um craque
simples, de vida simples, com passagem no futebol do Rio Grande do Norte. No dia 16/05/13/, se
estivesse vivo vivo completaria setenta e três anos. Zé Ireno despediu-se do mundo. Do futebol, já havia
se despedido no final de 73, jogando pelo Ferroviário/RN, sua última
camisa, quando parou de jogar. E, pelo visto, tratou muito cedo de esquecer o
tempo que perdeu chutando uma bola de couro. A prova é que, nunca mais ninguém
o viu num estádio. Um dos últimos serviços na tentativa de sobreviver era
vendendo bebida e tira-gosto num pequeno quiosque próximo à Assembléia
Legislativa, no centro da cidade. Detestava conversar sobre futebol. “Hoje, só
jogam por muito dinheiro”, repetia sempre. Chegou a tentar uma pequena
marcenaria, ofício sobre o qual tinha algum a experiência. Chegado à bebida, a
cirrose acabou fazendo mais uma vítima.
Já passando dos 67 anos, com problemas devido o vício
da bebida, vivia caladão e isolado. Numa segunda-feira de 2012 no mês de maio faleceu aos 68 anos.
Morreu pobre, provavelmente até mesmo sem uma aposentadoria, pois na vida
só aprendeu mesmo a jogar bola quando jovem.
Com certeza Zé Ireno foi
um vencedor e um herói para quem o conheceu, e só temos que elogiar e agradecer
por tudo que fez em prol do esporte da nossa cidade e a imagem positiva que
sempre esteve vinculada ao seu trabalho.
Descanse em paz amigo.
Algumas fotos do craque no seu tempo de atleta:
Um comentário:
Grande Jobedis,
Seu trabalho de resgate da história do futebol de Campina Grande como um todo destacando os pequenos gigantes é importante demais. Parabéns, cara, muito bom mesmo. Belíssimo post! Valeeeu!!!
Abração
Helio Carlos Honório
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