POR: JOBEDIS MAGNO DE BRITO NEVES
A partir do primeiro racha, a população se apaixonou pelo novo esporte, possibilitando o surgimento de outros clubes, que, em animadas disputas, passariam a encantar platéias nas tardes de domingo em nossa cidade”. Desnecessário é dizer a curiosidade que a todos dominava para ver aqueles respeitáveis senhores, grossos bigodes, calções abaixo dos joelhos, correndo atrás de uma bola de couro. Os homens vestidos a caráter: sobrecasaca, cartola e bengala, enquanto as mulheres trajavam ricas saias arrastando pelo chão, largos chapéus e um leque para afugentar o calor.
A partir do primeiro racha, a população se apaixonou pelo novo esporte, possibilitando o surgimento de outros clubes, que, em animadas disputas, passariam a encantar platéias nas tardes de domingo em nossa cidade”. Desnecessário é dizer a curiosidade que a todos dominava para ver aqueles respeitáveis senhores, grossos bigodes, calções abaixo dos joelhos, correndo atrás de uma bola de couro. Os homens vestidos a caráter: sobrecasaca, cartola e bengala, enquanto as mulheres trajavam ricas saias arrastando pelo chão, largos chapéus e um leque para afugentar o calor.
Assim, numa Campina Grande que crescia rapidamente. Fato é que em pouquíssimo tempo o futebol alcançou êxito entre os extratos menos favorecidos da população. O futebol transformava-se em lazer acessível e preferido dos meninos descalços da periferia. O gosto pelo novo esporte fez meninos e rapazes ocuparem lugares ermos e baldios para a sua prática. Foi justamente nos campos de pelada que o futebol ganhou organização e, por analogia, o nome de “Pelada”. Das peladas de Campina Grande os campos de futebol alastraram-se pela cidade e, sobretudo na periferia, foram surgindo clubes que, além da prática do futebol, promoviam bailes, piqueniques, excursões, atividades estas que asseguravam também a participação de mulheres e crianças no âmbito da sociabilidade ativada pelo esporte.
Ocorreu a fundação do Campinense Clube, sem esportes, mas com atividades sociais. Em seguida, surgiu o Palmeiras, o Comercial e o Palestra. Em 1916, surgiu o América Sport Club, fundado por Antônio Fernandes Bióca, Zacarias do Ó, Francisco Bezerra, Manoel Bandeira, Luiz Gomes, e outros.
O prestigio do time americano atravessou as fronteiras do Estado e nos anos de 1917 a 1919, o clube já havia ganhado importância de melhor agremiação futebolística do interior paraibano. Alguns meses depois Bióca precisou ausentar-se da cidade deixando a bola com Venâncio Eloy, ao retornar no final de 1917, encontrou o esporte num estado de desinteresse em Campina Grande , mais uma vez coube a ele devolver os rumos da bola para a cidade.
Luiz Gomes da Silva, que se retirara do “América” fundou com Joaquim Elói, José Faustino Cavalcanti, Luiz Dalia e Severino Matias o “Humaitá Sport Club”, sendo José Faustino Cavalcanti o seu primeiro presidente. Acendeu-se então a rivalidade entre as duas agremiações. Até as damas e senhoritas da época, passaram a assistir as partidas entre os dois rivais, torcendo entusiasticamente.
Em 1917, a sociedade recreativa “Campinense Clube”, criando sua seção desportiva, concorreu brilhantemente para o engrandecimento do futebol de Campina Grande. Waldemar Candeias, Arnaldo Alburquerque, João Arruda, Zacarias Ribeiro, tem a prioridade da idéia.
Em seguida, surgiu o “Palmeira Sport Club”, sob a direção de Severino Lima de Oliveira, que passou a se chamar Ipiranga; foram fundados também, o Comercial e o Palestra.
Na verdade a história da evolução do futebol em nossa cidade, se confunde com a própria história do Município. Pouco tempo depois surge outro forte concorrente em 1925 nascia o Treze Futebol Clube.
Pelestra
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