Nascido em 23 de setembro de 1906 na cidade de MONTEIRO - Pb, Pedro Feitosa Neves, mais conhecido como “Coronel Pedro”, viveu em Campina Grande desde 1935. Se decido prestar-lhe uma homenagem é porque a história deste homem se confunde com a da cidade que o acolheu quase 50 anos.
Passou sua infância na zona rural de Monteiro onde ainda criança foi tropeiro com responsabilidades de adulto, transportando milho, porcos, rapadura, cereais, e outras mercadorias para diversas cidades da Paraiba.
Na juventude onde se iniciou na profissão de Agente Fiscal do Estado, não seguindo inclinação genética, já que o pai, fora apenas Fazendeiro. Aprendeu com facilidade a profissão, destacando-se no meio.
No ano seguinte, o jovem casal mudou-se para Campina Grande e veio morar na Rua do Fogo na Estação Velha, uma vez que Seu Pedro fora transferido para ser o coletor de Imposto nas saídas de Campina Grande. Trabalhou no Matadouro Publico da cidade e na recebedoria de rendas. Em Campina Grande conquistou amizades e respeito que conservou até a sua partida.
Em 1936 mudam-se para o Bairro do São José, mais precisamente para Rua Felipe Camarão de Nª 220 onde se instalaram. Ali seu Pedro e D. Nilda tiveram mais 11 filhos (dois falecidos ainda criança).
Os familiares e amigos se tornaram compadres e amigos de fé. Seu Pedro permaneceu trabalhando como agente fiscal do estrado até sua aposentadoria. Data-se dai o inicio de sua trajetória como aposentado e dono do próprio negocio (um Sitio em São José da Mata).
Em 1936 mudam-se para o Bairro do São José, mais precisamente para Rua Felipe Camarão de Nª 220 onde se instalaram. Ali seu Pedro e D. Nilda tiveram mais 11 filhos (dois falecidos ainda criança).
Os familiares e amigos se tornaram compadres e amigos de fé. Seu Pedro permaneceu trabalhando como agente fiscal do estrado até sua aposentadoria. Data-se dai o inicio de sua trajetória como aposentado e dono do próprio negocio (um Sitio em São José da Mata).
Estimado
por todos, Pedro Feitosa Neves foi uma pessoa admirada pelo seu espírito aberto
às grandes idéias. Devido a sua delicadeza de trato tinha a facilidade de fazer
amigos. Inteligente, trabalhador e honesto, foi um dos grandes coadjuvantes do
progresso do bairro do São José onde
viveu e morreu. Homem trabalhador e de coragem,
se importava como os revezes da vida. Nunca se queixava de ter deixado
sua cidade natal Monteiro no Cariri Paraibano. Era como um livro aberto com
respostas sempre prontas para as perguntas.
Lia
muito. Leu até às vésperas de sua morte. Foi assim que veio através dos anos a
ocupar diversos cargos públicos, todos relacionados com o Fisco Estadual. De
conhecida inteligência, capacidade de trabalho e honradez.
Deixou
saudades no bairro pelo Modelo de honestidade que também nos ensinava a ser
assim.
Em mais de 35 anos de atividade na cidade e região, papai sempre foi respeitado como profissional competente e pessoa de comportamento sério, responsável e correto. Sempre requisitado para as obras de assistência (era Maçom), tem sua marca nos principais eventos da Loja Maçônica da Cidade, a principal foi a construção do hospital Pedro I no Bairro do São José (era membro da diretoria da loja macônica). Nesta época em que adquiriu prestígio na cidade a ponto de motivar vários convites para ser padrinho de filhos de amigos. Um pouco pela dificuldade de dispor de seus bens, e muito por se sensibilizar com apelos dos amigos, decidiu permanecer morando em Campina Grande.
Era autodidata em tudo o que fazia e isso para ele era motivo de orgulho para seus 10 filhos que criou e formou quase todos eles. Uma das coisas que seus filhos mais gostavam, ainda adolescente, era ouvir o relato das aventuras dele quando rapaz jovem. Através dele vinha toda aquela vida das décadas de 1930 e 1940. Era um cidadão respeitado. Quando vizinhos se desentendiam, ele os arbitrava sábio e humano. Suas decisões eram sempre acatadas até por odiosos contendores.
Pedro Feitosa sempre foi político sendo sua grande paixão do qual gostava de rememorar os comício dos tempos de glória. Sabía de cor os candidatos das década de 40 e 50. Dizia que era eleitor de José Américo de Almeida e Elpídio de Almeida e como tornou-se simpatizante dos mesmos, levado por um sentimento de honestidade.
Pedro Feitosa sempre foi político sendo sua grande paixão do qual gostava de rememorar os comício dos tempos de glória. Sabía de cor os candidatos das década de 40 e 50. Dizia que era eleitor de José Américo de Almeida e Elpídio de Almeida e como tornou-se simpatizante dos mesmos, levado por um sentimento de honestidade.
Conquistou sinceras amizades em sua vida, dentre elas me vem à mente Antonio de Melo, Merêncio, Joaquim Firmino, Jose Guilherme, Nestor Cabral, Pedro Braga e seus compadres do tempo do Matadouro e muitos outros.
Seu jeito franco e direto rendeu-lhe o seu reconhecimento de suas qualidades de homem honesto e cumpridor do dever, e por isso mesmo sempre o respeitaram.
Seu Pedro teve nas filhas (Nilza, Nilma, Nilsanete, Nilreide e Margareth) e nos filhos (Nilson, Hermani, Jobedis, Glauco e Pedrinho) e na sua profissão seus grandes orgulhos.
Cumpria com naturalidade a transição de pai severo quando era mais jovem e exigente a avô permissivo e carinhoso, e que às vezes na presença dos netos parecia tornar-se criança novamente. Sua terapia era ler o jornal diário e seu mundo era sua televisão, local onde se sentia à vontade. Fora dela era um peixe fora d’água, motivo pelo qual achava inconcebível a total aposentadoria.
Cumpria com naturalidade a transição de pai severo quando era mais jovem e exigente a avô permissivo e carinhoso, e que às vezes na presença dos netos parecia tornar-se criança novamente. Sua terapia era ler o jornal diário e seu mundo era sua televisão, local onde se sentia à vontade. Fora dela era um peixe fora d’água, motivo pelo qual achava inconcebível a total aposentadoria.
Um lutador, um vencedor em todos os sentidos, que traz no corpo e na alma as cicatrizes da vida, nosso pai era acima de tudo um ser humano sentimental e generoso. É esse homem que homenageamos e abraçamos no seu aniversário passado e registramos o orgulho que sentimos em ser seus filhos.
Rogamos a Deus que o ilumine ainda mais. Lá de cima, ele e mamãe nos abençoam sorridentes.
Rogamos a Deus que o ilumine ainda mais. Lá de cima, ele e mamãe nos abençoam sorridentes.
De seu filho e amigo
9 comentários:
Linda Homenagem Jobão. Muito bom poder conhecer melhor a História do GRANDE Homem, Pai e Avô de Pessoas tão especias/essenciais para mim. Parabéns por resgatar tantas preciosidades. e Parabéns pela Homenagem.
Jurayanne Dantas Vidal "Cumpria com naturalidade a transição de pai severo e exigente a avô permissivo e carinhoso, e que às vezes na presença dos netos parecia tornar-se criança novamente." Uma descrição perfeita!!
há 26 minutos · Curtir
Jobão, o seu texto é deslumbrante! Li e reli, com emoção muito grande também. Estou fora de Campina Grande há 25 anos, mas todos os dias invariavelmente, faço o circuito cultural, olho todas as coisas boas que vc posta sobre o nosso passado tanto aqui no museu como nos site RHCG, relembro outros tempos, personagens e situações e a gente volta a viver com muito mais alegria e sentimentos bons. E como é bom viver intensamente o nossa passado, o seu text e sua homenagem ao seu pai esta lindo tudo cheira a poesia e a vida muito bem vivida. Meus sinceros parabéns e um grande abraço.
Jobão,tenho em minha BÍBLIA esta frase escrita entre tantas que me fazem refletir,''QUEM PARTIU DESTE MUNDO,SÓ MORRE QUANDO ESQUECIDOS PORQUEM OS AMOU'',vejo como uma grande verdade.PARABENS por lembrar com carinho de seus pais.
Quando descobri este site,agora passo horas e horas lendo estas historias maravilhosas,e ganhei uma amiga,educada,carinhosa e muito atenciosa,amei que vc tambem escreveu. É linda a historia de seu pai e sua familia.Como é bom recordar não é? Abraços Cida...
Jobão, parabéns pela matéria. É difícil falar sobre os pais, isto porque sempre falta muita coisa e o espaço é pequeno. Contudo em poucas linhas voce demonstrou o orgulho, a simplicidade e importância de seu Pedro Neves para com a sua família e os amigos dele. Sinto-me orgulhoso de ter feito parte das amizades dos seus pais, pois pelo pouco tempo que convivi com eles (creio que uns 12 anos), pude testemunhar os maravilhosos seres humanos que foram e aprendi muito da serenidade e carater que existiam embutidos neles. Aprendi a fazer parte da sua família e considerá-los como verdadeiros amigos/irmãos. Mesmo estando longe há bastante tempo, nunca deixo de visitá-los quando estou em Campina Grande e sempre matamos as saudades dos amigos vivos e relembramos os que partiram. Seu Pedro e Dona Nilda são inesquecíveis, como amigos e como chefes de família, pois os Feitosa são parte dos Aragão. Abraços. Fernando Cangurú.
Obrigado pelas suas palavras Fernandão realmente voce é um amigo/irmão.
abs
joão
Amigo Jobão, antes de mais nada...PARABÉNS...por esta bela e emocionante homenagem. Pai, nos ensina a traçar novos rumos na vida, enfeita nossos caminhos e alegra noosos dias, e isso com um sorriso e sua força. Que bom ver vc agradecer aos seus pais, cuja fé em vc e seu irmãos fizeram com que todos hoje sejam pessoas bem sucedidas na vida. è bom acordar e lembrar tudo isto e poder dizer "Aos meus pais, obrigado pelo ínicio de tudo". Tenho certeza que eles estão lá céu junto ao nossso Deus, lhe pedindo que ilumine o caminho de toda sua família. Jonas didi
Parabéns Jobão pela a homenagem ao seu pai, sr.Pedro.Faz tanto tempo que conheço a sua familia,
portanto, não sabia de tantas informações importantes e edificantes do seu pai e sogro de minha irmã.Parabéns, também, a toda sua familia.
Postar um comentário