Para mim, além de prazeroso, é uma grande honra falar sobre Alexandre Miranda já que foi um dos jogadores de futebol de salão que eu mais admirava e gostava de ver jogando quando eu era pequeno e ia assistir aos jogos de na AABB pertinho de minha casa. Era um verdadeiro clássico o jogo entre o Estudantes e o Campinense o time dele.
Lembro-me muito bem quando o defendia até debaixo d’água, de
seus críticos que diziam que ele era chato. E eu sempre retrucava: “Mas como?
Se ele faz muitos gols e ainda serve a todos...”. Depois na minha juventude tive este
privilégio de jogar algumas partidas contra ele e ganhar algumas. Quantos jogadores
do passado do futebol de salão campinenses natos ou adotados podem
dizer tal frase? Acho que poucos. Creio que mesmo até aqueles que não são muito
chegados a apreciar uma partida de futebol de salão já tenham ouvido falar da
lendária figura.
Alexandre Miranda era uma das raras figuras no cenário futebolístico
campinense nos anos 60 e 70, que era uma verdadeira unanimidade. Até os
adversários o elogiavam. Jogador de raciocínio rápido e com habilidade ímpar.
Seus dribles e chutes ao gol desconcertavam os adversários e levavam o público
ao delírio. Goleador nato. Passes perfeitos e visão completa do jogo. E fazia
tudo isto sem nenhum sorriso, quase sempre estampado no seu rosto um ar sério.
Uma figura querida e por todos seus torcedores e ele sempre calado.
A habilidade futebolística era uma característica
sua. Nossa cidade tinha a fama, desde tempos atrás, de
ter um futebol dos melhores da região, senão o melhor.
Tempos de ouro do nosso antigo futebol de salão, hoje futsal, verdadeiros
mágicos desfilavam pelo piso sagrado do ginásio de esportes da AABB e o Clube
do trabalhador, eram capazes de mostrarem com os pés coisas que até hoje mal
fazemos com as mãos, os torcedores como se vê ao fundo superlotavam o ginásio e
iam ao delírio com as jogadas dos nossos craques.
Era um jogador muito dedicado. Treinava chutes
antes e após os treinos, procurando corrigir suas deficiências. Assim,
aprimorou o chute e, principalmente, aprendeu achutar r com a perna esquerda,
seu grande defeito. Muito autocrítico, nunca ficava satisfeito com seu desempenho
e sempre achava que podia jogar melhor.
Alexandre formou com Toinho Buraco uma dupla de sucesso em nossa cidade, que deixou saudades aos amantes do futebol de salão.
Algumas fotos do
Alexandre quando jogava e nos tempos atuais no encontro realizado em Dezembro
passado.
Nesta foto dois jogadores
que deixaram sua marca na história do futebol da nossa região, o lendário Alexandre um dos maiores jogadores
da época e o Leucio que se destacava por
seus belos dribles e gols.
O museu virtual do esporte de campina
grande com satisfação mostra através do
túnel do tempo mais essa preciosidade.
.
Tem outras fotos com Alexandre ja postadas neste Museu na historia do futebol de salão
7 comentários:
Foi uma das maiores honra que tive em minha vida, o privilégio de jogar ao lado de ALEXANDRE MIRANDA no Campinense, na AABB e no Cabo Branco. Apesar de ser fã/admirador de ALEXANDRE, me impressionava a maneira de jogar, leve, solto e grande goleador, dificil tarefa para os adversários. Foram apenas três anos que jogamos juntos e se não me engano, durante esse período se perdemos muito, foram umas 5 partidas de futsal. Fora das quadras, um grande amigo que até os dias de hoje preservamos por essa amizade.
Merecida homenagem a esse grande atleta, que classifico como um dos melhores de futsal do BRASIL!!!
Marcílio Soares
Amigo Jóbedes,
Alexandre foi, infelizmente não sei se ainda é (por falta de contato mais recente), um desses atletas que se dão bem em todos os esportes, em razão da habilidade.
Na antiga sede do Campinense, a gurizada frequentadora, entre 12 e 13 anos, formou um campeonato de basquete, onde dois times despontavam: O Estrela Americana e o IBC (este comandado por Cal). O Cestinha, não só do Estrela como do torneio era Alexandre, que tinha a mão certeira de qualquer parte da quadra.
Posteriormente, esses dois times resolveram fazer um jogo de futebol de salão (com bola de futebol!). Eu, que não era bom no basquete (não sei porque, com toda minha estatura, não é?), pedi para jogar no gol e nunca mais deixei a posição. Assim tive a honra de me iniciar no futebol de salão junto com aquele craque com quem, muitos anos depois, voltei a figurar nos times do Campinense e da AABB, como na seleção paraibana.
No futebol de salão, como você frizou, era um jogador sério, bastante responsável, não dado às brincadeiras peculiares da idade.
Assim como no basquete, tinha uma grande precisão nos chutes a gol,colocando a bola sempre onde o goleiro não chegava. E com força.
Diziam os poucos críticos da época que os seus dribles eram previsíveis. Mas, quem conseguia evitá-los?
Em termos de dedicação e competência, só vejo comparação ao cerebral Sebastião Vieira.
Abraços,
Tom.
Prezado Jobedis.
Gostei muito da lembrança de nosso amigo Alexandre. Jogava muito. Junto com Antonio Barros (Toinho), foi uma das melhores duplas de futebol de salão que já vi jogar. Me lembro quando lá em casa, quando adolescentes, passávamos as tardes jogando barra-a-barra com bola de meia, e não tínhamos distensão nem nada. Vi muitas vezes, o galego Alexandre fazer gol lá da bandeirinha de corner. Um grande desportista e um grande amigo, sem dúvida.
Daqui mando um forte abraço para meu amigo, meu irmão, onde fomos colega de infância.
Atenciosamente
Hermano G. Pimentel (Manoca)
Joguei contra Alexandre por diversas vezes, e o "pior", com a responsabilidade de marcá-lo, pois jogava de ala direita do Estudantes. Marcar mesmo era dificil, pois o galego era um crack na acepção da palavra.Com estilo completamente diferente dos grandes cracks da época.Jogava de cabela erguida, rápido e chutava como ninguém. Os jogos ESCxCampinense fizeram história no futsal.Nunca tivemos qualquer desentendimentos, a rivalidade era grande, adrenalina a mil, mais muito respeito e o jogo duro não tinha nada de deslealdadde.
Depois jogamos juntos na seleção quando a PB foi campeão do NORTE/NORDESTE.A atuação do galego foi um dos fatores decisivos para a vitória.
Até hoje somos amigos e tive o prazer de reencontrá-lo no III Encontro dos Amigos do Esporte.
Parabens Galego você merece !
Fomos colegas de faculdade, Poli, depois fomos colega de trabalho, atuando em Paulo Afonso como Engenheiros da Chesf.
Alem disso o Alexandre é padrinho de um dos meus filhos. Ele foi muito importante na minha vida, como pessoa e profissional e sou eternamente grato por te-lo como amigo.
Como atleta, acho que foi o melhor jogador de futebol de salão daquela época, tanto a nível Estadual como Nacional, pois, juntos enfrentamos muitos embates com equipes de todas as regiões do pais e não via um jogador mais completo que ele. O faro de gol dele era inigualável, aliado a um chute forte e certeiro. Digo isso na condição de goleiro que fui.
Junto com o Mago ( Toimho Buraco ) eram imbatíveis.
Em determinada oportunidade enfrentei o time do Alexandre e do Mago.Levei uma goleada. Nunca defendi tantas bolas como naquele dia.
Miranda obrigado, do fundo do meu coração.
Jano
Amigo Jobão, quem teve a oportunidade de jogar ao lado deste grande craque e vê-lo jogar, hoje pode dizer, "sou feliz", só é infeliz quem jogou...ou melhor tentou jogar contra ele!!!
Alexandre vc jogava D+, ao lado de Marcílio, Toinho, Tom e Leucio, e tantos outros craques, a gente viaja no tempo e diz...que saudades desse bom futebol jogado por vcs.
Espero te reencontrar este ano na festa do amigos e poder dar um abraço fortalecido de um fâ do futebol mágico que foi proporcionado naquela época por quem sabia e foi craque.
Jonas didi
EU ACHO QUE ALEXANDRE FOI O "MAGNO" DO FUTEBOL BRASILEIRO, APESAR DE SER DE CAMPINA GRANDE, UMA TERRA TÃO DISTANTE DOS GRANDES CENTROS DO PAIS, MAIS EU TIVE P PRIVILÉGIO DE JOGAR COM ESSE CRACK, PENA QUE NÃO TENHO NENHUMA FOTO, MAIS TODOS OS DIAS ME ACORDAVA PARA TREINARMOS NA AABB ÁS 5 DA MATINA PARA TENTAR DEFENDER OS CHUTES DELE E DE SIMPLICIO, FORA OS OUTROS CRACKS, ALEXANDRE DRIBLAVA SOMENTE COMO MANÉ GARRINCHA.VALEU GALEGO ALEXANDRE VOCE MERECE TODOS OS ELOGIOS. ESPEDITO VILAR SEU EX GOLEIRO. UM GRANDE ABRAÇO. VALEU JOBÃO.
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