Tive a felicidade e a honra de jogar no time do Everton Esporte Clube do bairro do São José de Campina Grande, cujo uniforme vermelho e verde foi um grande diferencial na história do futebol da cidade. O presidente do clube na época era o Zé Nogueira. Era um apaixonado pelo futebol e adquiriu um uniforme completo da famosa e cara marca alemã Adidas, para vestir os craques da equipe. Era realmente muito bonito o uniforme.
No Everton , ainda tive a alegria e a fantástica experiência de jogar ao lado de dois dos maiores craques do futebol Campinense de todos os tempos, o zagueiro Son e o Ponta – esquerda Fernando Canguru, dois dos meus amigos/irmãos e ídolos. Por lá também jogou muita gente boa de bola também como já foi contado aqui neste Museu a História do Everton
Muitas histórias aconteceram ao longo de sua história mais uma das mais interessantes do Everton aconteceu na cidade de Serra Branda no cariri paraibano, onde fomos jogar em varias ocasiões.
Fuba Vei o nosso treinador que trabalhava na Casa Esporte de seu Mamede que ficava no centro da cidade. marcou uma partida contra o time local do Vasco da Gama. Fomos de ônibus e havia até alguns torcedores, entre eles Cachepa, Uila Gaguinho, Zome entre outros. Pois bem, vamos ao jogo. O campo era de terra, ficava em frente a um pequeno clube da cidade e estava cercado por uma corda por toda a sua extensão, para impedir o acesso dos torcedores, que eram muitos. O nosso time entrou com a seguinte formação abaixo:
Estávamos ganhando o jogo por 3 x 1, com o terceiro gol marcado pelo nosso jogador Tonheca. Depois de marcar o gol em um chute que desviou no zagueiro e na comemoração o juiz e dono do time de lá expulsou o nosso jogador sem motivos.
E começou a tentar ajudar seu time invertendo faltas e o jogo estava tenso, muito disputado e com alguma violência por parte dos antagonistas. De repente, quase no final da partida, começou a confusão. O nosso Juiz depois de inventar faltas e um pênalti no final da partida para seu time pudesse empatar a partida. Os jogadores do Everton foram todos para cima do falso Juiz., que era o responsável pela marcação da partida, desesperado, nosso presidente também entrou em campo para tentar conter a confusão e separar os brigões. O que aconteceu em seguida bem poderia ser uma cena clássica do cinema.
O juiz ainda marcou uma falta inexistente e o Vasco quase desempatou o jogo. Seria o fim do sonho? Não, aquele árbitro estava predestinado a não deixar o Everton ganhar. Aos 49, ele acabou o jogo assim que Fernando pegou na bola na ponta esquerda, carregou para o centro da grande área do campo, e quando ia ajeitando a bola para marcar o gol da vitória, o “juiz” encerrou a partida com muita reclamação de todos os nossos jogadores.
Depois do jogo o juiz confirmou tudo sobre os acontecimentos e de sua arbitragem. Ele achava que num jogo amistoso e festivo, nada melhor do que um empate para a torcida e a cidade ficar mais alegre. Afinal, o futebol do time estava recomeçando e um e um resultado desastroso somente iria trazer desanimo para todos. Na noite, houve uma grande festa no clube, mas os jogadores do Everton não foram, preferiram ir para a sede do rival Flamengo que recepcionou muito bem o nosso time e que passava a ser conhecido como o melhor time que já tinha jogado na cidade.
Em pouco tempo, a confusão terminou, os ânimos se acalmaram e o jogo acabou ali mesmo. Então, fomos procurar refúgio no clube ali próximo ao campo.
Depois de toda aquela confusão, a coisa virou festa, com muita resenha e gargalhadas sobre o que havia acontecido. Lembro-me bem da farra que lá fizemos, com destaque para a presença do nosso treinador Fuba Vei (In Memoriam) que, bem animado, bebeu, deu as notas dos jogadores e do “Juiz” e dançou à beça.
A viagem de volta também foi na maior alegria, com muita risada e vários depoimentos sobre o acontecido. O que aconteceu ali daria um ótimo filme. Só ficou a lembrança de uma viagem inesquecível.
4 comentários:
Amigão, Jobão...
Pela primeira vez não faço um comentário narrando alguns outros detalhes,
resumo tudo isso que você aqui postou, dizendo "INESQUECÍVEL",
Eita saudade danada de boa....
Abraços a todos irmãos aqui nesta foto, e em especial ao...Batista,
foto que gera um sentimento de inspiração a muitos comentários de quem foi esta viagem!!!
Jobão, obrigado por você existir,
Jonas didi
Diante do que a amigo Jobão acima citou que esta viagem daria um filme, não pude resistir e aqui estou de volta para contar uma "cena", que nem preciso fazer exercício na memória para lembrar de tudo que passei junto a esta galera, viajo logo no tempo e as lembranças são muitas.
Jonas didi, não era titular, e sim o Picolé, eu fui praticamente de sem querer...querendo, pois as 4 horas da manhã, eu havia saído de uma festa na AABB e quando passei lá na praça, ví o ônibus preparado para sair...eu! oxente ainda não saíram, corri em casa e peguei o que tinha de levar, uma ressaca grande.
Ao chegarmos, fui dormir num banco de madeira, quando estava me acordando (ainda bem que não tinha saído o almoço...Bobe béééé),aí eu teria ficado mais "moco" ainda, ouví Zé Nogueira dizer que Picolé não estava passando bem e não daria pra ele jogar, eu deitado sem abrir os olhos e é claro achavam que eu não iria ouvir, disseram...Jonas didi tá alí: "é o jeito colocar ele", eita pulo danado do banco...covarde!!!por que é o jeito? kkkkkkkkkkkkk, para jogar com este celeiro de craques aí na foto, nem precisava pegar na bola, mas eu peguei!!!
Conto tudo isso hoje na gréia, pois e torna mais afetuoso...e aí Jobão tá lembrado?
Ah, falar em pegar na bola, olha só: realmente esse "juiz"...assim que Tonheca bateu o centro e Fernando pegou na bola...Evandro correu e gritou, DÀ!!!! mas quem deu foi o juiz, falta, não era permitido gritar kkkkkkkkkkkkkk
Amigos, posso não ter dinheiro...mas história pra contar eu tenho...num é amigos meus!
Tô feliz... e muito orgulhoso...EVERTON!!!!!!
JONAS DIDI,
Vasco de Serra Branca. Todos os que jogaram contra, lembram-se do “juiz”, o senhor Leidson Farias (in memoriam) quem vinha a ser o “Dono” do time e pai do grande Walter (in memoriam) Gerente do Itau.
Quando reclamado de seus “erros” (sempre em prol do time da casa) o “arbitro” saia-se com essa máxima: eu paguei o transporte, o almoço às meninas pra vocês dançarem e ainda querem ganhar, é...
Bons tempos àqueles. Eram viagens divertidas e muito prazerosas. E na volta o Fubá Véio vinha dando notas sobre o desempenho de cada jogador.
Abraço
Vadinho
Prezado Jóbedis, também tenho um causo para contar a respeito de um jogo contra o Vasco de Serra Branca. O fato aconteceu por volta de 1969, quando eu jogava no Flamengo da Bela Vista e, pela primeira vez, saía de Campina Grande para jogar em outra cidade. Lembro que viajamos em um ônibus da empresa Luso-Brasileira, que fazia a linha de José Pinheiro, o mais confortável da época, com suspensão a ar. Na cadeira, ao meu lado, viajou Antonio Biturim, que era meu colega no Colégio Estadual da Prata. Ao chegarmos a Serra Branca, o ônibus parou em uma praça e nós, jogadores, fomos encaminhados para o almoço nas casas de torcedores do time local. Quando eu e o colega Biturim descemos do ônibus, fomos recebidos por um torcedor que nos disse: vocês vão almoçar na casa do juiz. Chegando à casa do juiz, fomos muito bem acolhidos e, na hora do almoço, o dono da casa e seus filhos insistiam para que comessemos à vontade. Em meio ao almoço, um dos filhos do dono da casa perguntou a Biturim se o nosso time era bom o suficiente para vencer o time local, ao que Biturim respondeu: “se o árbitro for imparcial a gente ganha”. O Biturim não sabia era que o árbitro da partida seria o dono da casa, o que ele ficou sabendo naquela ocasião, quando o rapaz que fez a pergunta disse: “o juiz da partida vai ser papai”. Então, como pino foi feito para ser batido, Biturim emendou na hora: “bem, mas sendo uma pessoa impoluta como o seu pai.. blá, blá, blá... e haja elogio à suposta imparcialidade do dono da casa. Para encurtar o relato do causo, vou simplificar: logo no início do jogo, um atacante do Vasco recebeu uma bola na maior banheira, ficando só ele e o goleiro frente a frente. O goleiro era eu, que fiquei esperando um toque a mais na bola por parte dele para no momento oportuno voar e pegar a bola antes de ele chutá-la na direção da trave. Não deu outra, ele deu um toque a mais, eu voei e peguei a bola. Ele me chutou com bola e tudo. Os dedos da minha mão incharam na hora e o árbitro marcou pênalti e, só não me deu cartão amarelo, porque naquele tempo isto não existia.
Saudações peladeiras,
Bené
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