Estamos mais uma vez a dividir lembranças de um passado que nos
orgulha e que nos deixa cheio de saudades. Optei, neste domingo, entrar por uma
seara que conheço bem e carrego boas e saudáveis recordações: O futebol. Nasci e
cresci dentro do bairro do São José Grande (celeiro de craques, quando este vivia no auge e não no abandono em
que se encontra). O banquinho da Praça do Trabalho foi por muito tempo o
‘point’ da juventude e meninada travessa.
Presenciei e joguei clássicos de
futebol de salão, com arquibancadas lotadas, jogando e vendo as jogadas de grandes
jogadores: Sebastião, Cyl, Alexandre Miranda, Toinho Buraco, Betinho Mota, Simplício,
João Mario, Erção, Hermani, Tonheca, Leucio, Bolinha, Aldanir,Tom, Zacarias, Aloisio,
Garrincha, Mozart, Luciano Sodre, Chó, Carlindo, Zacarias Ribeiro, Humberto de
Campos (goleiros de primeira), Giotto, Marcilio Soares, Nego Gilson, Valdir
Ventinha, PC e tantos outros.
Entretanto, o melhor dos tempos futebolísticos eram as peladas
de rua. Na base do arranca-toco, sem calçamento e depois em cima do
paralelepípedo grosso, onde aqui e acolá alguém “arrebentava” a cabeça do dedo
e corria pra casa em busca do mercúrio cromo. Jogávamos até com bola de meia.
Mas, qual o menino buchudo que não jogou com bola de meia? Só tenho um trauma
desta época. O finado professor da FACE (faculdade de Economia) professor Jose
Paulino não gostava das partidas que aconteciam
no galpão do Grupo Escolar Clementino Procópio ao lado do quintal de sua casa. Quando a ‘galera’ chegava e começava o racha ele
começava a dizer “vamos acabar este jogo
senão eu chamo a polícia estou avisando” Pense num cabra que não gostava de
futebol. Mas isto é uma outra história.
Deixando as minhas lembranças da infância e juventude e relembrar
dos tempos áureos do Futebol de salão, que encheu de orgulho todos os campinenses.
Mas, chegando aos finalmentes, vou relembrar de um falecido jogador o Simonal.
Quem se lembra do Simonal? Aquele lateral direito que jogava futebol de salão e
de campo? Ainda está vivo em minha
memória até hoje.O time era o Caçadores (não tenho certeza). O Simonal era um
bom camarada - mas era um boi no campo ou numa quadra. Quando lançavam a bola
para o atacante adversário a galera começava a gritar: “Vai Negão”, e o ‘negão
Simonal’ mas parecia um touro enfurecido atrás da bola, Dava uma arrancada só e
derrubava quem estava em sua frente. Uma vez ele deu um carrinho em um jogador que os dois cairam dentro do bar da AABB. Seu objetivo era a bola. Quantas saudades
daquele tempo. Até hoje, o futebol de salão de Campina Grande não conseguiu
montar equipes do nível das equipes das décadas de 60 e 70 por falta de reposição
de jogadores. Um PENA
5 comentários:
Lembro muito do amigo Simonal! Certa noite do ano de 1976 no ginásio César Ribeiro,decisão de um torneio da cidade entre as equipes da U.R.N.E e CCT da U.F.P.B, Eu jogando pelo CCT e Simonal pela U.R.N.E. O jogo estava bem disputado pelas excelentes equipes,quando de repente recebi um passe de Wagner Guiné,grande jogador. Dominei a bola e vi que o Negão Simonal,como era carinhosamente chamado pelos amigos,me fitou e não gostou nadinha de como dominei a bola. De repente Simonal partiu enfurecido feito um TOURO, como Jobão tão bem o descreveu,vindo na minha direção. Atento a tudo o que se passava na partida,vi sua rápida e instantânea aproximação de mim, no que rapidamente apliquei-lhe uma ¨JANELA¨ e o amigo Simonal passou direto e desequilibrado pelo rápido drible, foi de encontro ao palco de madeira que existia no ginásio, palco este que era montado para as orquestras nos grandes carnavais do César Ribeiro.Resultado, bateu com o rosto e todo corpo nas tábuas e naturalmente caindo na quadra. No mesmo instante Wagner que tinha me dado o excelente passe caiu no chão de tanto rir com a cena negão Simonal estatelado no palco.Daí formou-se uma grande confusão com Simonal querendo brigar com Wagner por conta das risadas deste. Só que tudo foi contornado como sempre era,e no final a nossa equipe do CCT foi campeã do torneio.Amigo Simonal, aonde você estiver tenho certeza de que quem escolhe os jogadores nos rachas,escolhe você em primeiro lugar para não ter que enfrentá-lo. SAUDADES!
Das peladas de bola de meia, das bolas de borracha e dos campos de palada improvisados em ruas, praças e terrenos baldios e disformes é de onde surgem os grandes craques. Muito oportuno o seu registro, Jobedis. Mais uma vez, parabéns. Abs, Marcos Soares
Pai, eu acho o máximo tudo que escreve e principalmente pela riqueza de detalhes... Muito orgulhosa... Excelente memória e o dom para escrever...
Te amo.
Carlinha
Que legal ter encontrado uma maneira de matar saudades, estive em Campina Grande para um jogo de futebol de salão pelo Palmeiras de São Paulo para enfrentar a equipe do Campinense e enfaixar a equipe. Lembro que o zagueiro central do Campinense batia ate no vento mas era o craque do time e acho que era o pesquisador deste museu pelas suas fotos aqui ja postadas. Era craque mesmo e nosso treinador o chamou na minha frente para jogar no Palmeiras, mas pelo os seus estudos ele preferiu ficar nesta grande cidade (eu acho), eu e o time todo nos divertimos em um salao sob a vigilancia do noss treinador. Olhando algumas fotos dos atletas me lembrei de alguns que jogaram contra a gente. Fica so lembranças de um dia distante, mas que deixou saudades, abraço, fui…
Valeu Jobão, mais um mergulho nos velhos e bons tempos !
Tenho varios dessas fotos, inclusive mandei algumas para você, mas acontece que quando agente ver as nossas fotos junto dos outros times, parece que estamos na quadra pronto para mais um jogo..!!! kkkkkk!
Muito bom relembrar sem querer viver do passado, mas quem não teve passado não tem futuro !
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