Após algumas semanas sem viajar no tempo e fazer homenagens as Personalidade Folclórica de Campina Grande ou aquelas pessoas que contribuíram de forma direta ou indireta para o desenvolvimento do esporte amador da nossa cidade. A nossa página de homenagens, famosa por presentear as personalidades, homenageando com um pequeno histórico de fotos marcantes na vida de cada um deles, viaja no tempo e mostra um pouco da carreira sólida de um desportista que ficou conhecido como “Fuba Veí”. Um homem que tinha duas paixões: O Treze Futebol Clube e Everton Esporte Clube ( clube que ele amou até o fim da vida e onde se projetou, justamente porque era conhecido e respeitado na nossa cidade).
Fuba Jogava de ponta direita, tinha habilidade nos dribles e sabia ir à linha de fundo como um verdadeiro ponteiro da sua época.
Paraibano de Pedra Lavrada , vindo de uma família humilde, criado com muita dificuldade pelos pais ao lado de alguns irmãos. Um homem que, em 1950, aos 32 anos, quando chegou a Campina Grande, aprendeu a amar essa terra e a venerar um clube de futebol profissional o Treze Futebol Clube.
Desde a infância difícil na sua cidade e até a velhice em Campina Grande, quando sofreu com problemas de coração por alguns anos, ele conquistou uma verdadeira legião de amigos que sempre terão na memória um homem que era capaz de realizar grandes façanhas e muitos “causos” em um campo de futebol e fora dele.
Depois que abandonou os gramados como jogador, Fuba passou a treinar o seu clube de pelada o Everton Esporte ClubeFuba foi treinador da equipe do Everton do Bairro do São José desde 1970. Permaneceu por mais de 20 anos. Conquistou três campeonatos suburbanos, participou da conquista do Tabelão da Liberdade e ganhou diversos torneios pelos campos da cidade e no interior, fez parte como treinador de um dos maiores times de futebol de pelada da história da cidade.
Fuba Vei era uma pessoa muito engraçada, contador de piadas, casos, discutia futebol, era freqüentador assíduo de botequins e bares da região, gostava de tomar seus aperitivos e às vezes até exagerava, mas quando ele estava meio quente ficava mais engraçado, contava as piadas, falava alto, era muito querido por todos.
Durante as décadas de setenta e oitenta era bom ver aquela gente toda, barulhenta e alegre, vestida de verde e vermelho, se agitando nas beiras dos campos ou pelas arquibancadas de Campina Grande. Era a torcida do Everton que ia apoiar seu time e seu folclórico treinador Fuba Vei. Era uma torcida única e comandada por dois fiéis fanáticos: Uila Gaguinho e Enésio Pedrosa (esse era o mais agitado). Estava sempre gritando, xingando, exigindo e aplaudindo e dando tapa na cabeça de Fuba). Durante mais de vinte anos, o Everton viu dirigentes passarem, jogadores entrarem e saírem e a torcida se renovar. Somente Fuba Velho permanecia firme com sua paixão pelo clube do São José. Foi uma caminhada longa, cheia de grandes emoções e algumas decepções.
Ele foi um dos desportistas mais premiados da cidade e fora dela como grande personalidade esportiva ganhou muitos troféus pelo seu time e era conhecido em todas as cidades que passou. Com o Everton ganhou uma série de outros títulos que uma página inteira deste site seria pequena para nominar.
Suas glórias, façanhas e causos, que hoje poderiam fazer parte da memória da cultura do futebol amador de nossa cidade, transformaram-se então numa coleção de lendas fantásticas e numa antologia de histórias maravilhosas. Se houvesse meios de recuperar tais registros, Fuba Vei sem duvida se consagraria perante a posteridade como um dos grandes desportista do futebol amador da cidade. Bom, prá falar a verdade, se tiver que escrever tudo sobre o Fuba Velho que faleceu no século passado eu necessitaria de pelos menos umas quatro colunas, mas, com este resumo, desejo apenas dizer que era um grande desportista, quero que os leitores internautas saibam que eu fui grande amigo dele, e o que mais me chamava à atenção nele era a sua retidão de caráter, exemplo de amigo e grande camarada. Fuba usava muito da “psicologia etílica para manter o grupo de jogadores sempre unido. Talvez tenha sido este o motivo de ter sido um técnico vencedor.
Fubinha como era chamado pelos amigos do peito dele era uma pessoa simples, alegre, agradável e extrovertido. Sempre a mesma pessoa em qualquer ambiente, desde o mais íntimo, como em família ou na presença de autoridades, inclusive do ex Governador do Estado Ronaldo Cunha Lima, um dos quais lhe dedicou atenciosa e cordial amizade. Tinha excelente memória. Não contava piadas, não gostava de pornografias. Contava estórias que recolhia no contato diário com o povo simples do interior.
Era naturalmente engraçado, tinha sempre novas estórias a contar, mas podia se dar ao luxo de repetir estórias antigas. Em qualquer ambiente por onde andou a cena sempre se repetia: pouco tempo após o encontro, estava todo mundo rindo; gostosamente rindo. Grande parte de suas estórias está publicada em um informativo que fiz em homenagem ao time do Everton do São José.
No campo, a imagem da “competência”; na vida pessoal o retrato da humildade. Esses são dos traços mais marcantes do perfil de um dos grandes ídolos da história do futebol de pelada de Campina Grande. Apesar de figurar na galeria dos ídolos do time do Everton Esporte Clube e continuar muito vivo no coração da torcida verde e vermelha, Completaria 92 anos. Seu perfil como treinador é daqueles que jogava com o time. Ficava agitado à beira do campo, e na maioria das vezes extrapolava com gestos sua área de atuação. Aos berros, alertava os jogadores para cercar espaços do adversário, e não perdia a mania de "cantar" jogadas aos seus comandados. Foi boleiro durante aproximadamente 45 anos nas décadas de 50, 60 e 70. Consta de seu currículo três títulos suburbano, Campeão do Tabelão da Liberdade (entre mais de 60 times) vários torneios da cidade pelo Everton Esporte. Por isso faz jus à inclusão de seu nome na galeria de ídolos.
Querido por todos, jogadores, comissões técnicas e dirigentes, não só do rubro verde do São José, mas de todos os outros clubes dos bairros da cidade, era um “técnico” competente e dedicado, não havia pessoa que não gostasse dele. Era uma pessoa solícita, querida, “brabo”, mas de um imenso calor humano.
Eu sei que qualquer lista de personagens folclóricos de Campina Grande nunca estaria completa sem o nome “Fuba Velho”. Qual o torcedor de futebol em Campina Grande das antigas que não conheceu ou ouviu falar de José Francisco da Silva, carinhosamente chamado de “Fuba Velho”.
Pois é. O velho Fuba com muito entusiasmo e competência, dirigiu por mais de 20 anos um dos melhores times de futebol de pelada Campinense de todos os tempos - o famoso time do Everton Esporte Clube do Bairro do São José. Jogou também nos times de pelada das antigas o Bordel, no Papagaio e talvez tenha havido mais algum que eu não me lembro. Ah, sim: os seus times do coração depois do Everton era o time do Treze e o Botafogo no Rio de janeiro.
Infelizmente, mas faz parte da vida, o nosso querido Fuba Vei faleceu, mas quem o conheceu nunca vai se esquecer do seu estilo, que trazia alegria por onde passava, ficando aqui minhas homenagens ao mesmo.
O velho Fuba foi o homem dos sete instrumentos no time do Everton; foi jogador, entregador de camisa, auxiliar técnico, Técnico, Chamador dos bingos na sede do clube, Analista das notas dos jogadores, propagandista, promotor artístico, bilheteiro, porteiro, tesoureiro, e até fiscal, e o que mais fosse necessário. Se isto não bastasse, ele próprio cuidava da manutenção dos jogos de camisas e outros equipamento do clube. Trabalhava na Casa Esporte de seu Mamede e com seus os conhecimentos de futebol, tinha oportunidade de oferecer sempre o melhor naquela inesquecível casa produtos esportivos que marcou uma época na cidade.
Não pelas análises táticas ou coisas do tipo, mas por resmungar, compartilhar histórias da bola de um tempo que já passou. Era sempre divertido ouvir o ex-técnico, concordando-se ou não com ele.
Fuba foi um exemplo para todos aqueles que o conheceram. Humilde, tranqüilo, era todo dedicado ao futebol do seu time Everton. Pelas mãos dele passaram alguns dos maiores craques do futebol do seu time. Todos falam do seu amor pelo futebol e da grandiosidade do seu coração. Um dia, sofreu um derrame e ele faleceu. Ficou apenas a lembrança de um velho treinador com um coração do tamanho do Amigão.
Fizemos aqui um pequeno e despretencioso resumo de sua história no amadorismo campinense depois citarei alguns de seus causos para publicar no blog Se conseguirmos fazê-los rir, atingimos nosso objetivo; como ele os fazia.
Devido eu ser o capitão do time do Everton, eu estava constantemente em contato com ele. Em muitas oportunidades presenciei e fiz parte de sua história pessoal. Ele tinha um caráter passivo, ingênuo, puro, mas ninguém. Nas viagens do time era sempre muito alegre e brincalhão.
Homem de grande senso de humor e desenvoltura, ele levava alegria aonde chegava e brincava com todo mundo. Nas festas ele era o dançarino mais animado e procurado pelas mulheres. Nas comemorações das vitorias do time do Everton, ele era o verdadeiro ‘dono’ das gréias. Ele era o comentarista mais respeitado e brincalhão das nossas tardes de domingo.
Fuba Velho já não está mais entre nós, mas sua lembrança se ver por todos os cantos de Campina Grande. É só alguém fazer o bem ou ser justo por princípio, para sentir a presença dele por perto. Cabe a nós manter viva a sua lembrança para jamais nos esquecermos da sua alegria, obstinação e fé na vida.
O tempo passou... Eu me enveredei na minha vida profissional. O Fuba Velho continuou sua sina de “ensinar“ futebol, muito mais por amor que por dinheiro. O tempo continuou passando... E depois de décadas, coisa do destino, nos encontramos em uma das festas de confraternização do time do Everton, no Clube Paulistano. Notei que ele já estava cansado, diria até meio desanimado com a “saúde”. Enquanto falávamos, ele experimentava talvez os seus últimos goles de cachaça, com uns olhos avermelhados... Sim, amigos. Foi ali, no Clube Paulistano, por volta das doze horas da manhã, que sem saber, eu apertei pela última vez a mão do mais querido técnico de futebol da pelada campinense o famoso “Fuba Vei”. E onde ele estiver quero apenas dizer - Parabéns pela abnegação ao trabalho, Finalmente Fuba tem o seu lugar entre aqueles que, merecidamente, fazem parte da longa lista dos homenageados aqui no “Museu Virtual do Esporte Amador de Campina Grande”.
Para ilustrar estas homenagem algumas fotos de fube como jogador e treinador de futebol nas peladas de nossa cidade:
Na foto vemos: Fuba, Martinho, Pedro Sandu, Beron, Nenê, Pedrinho, Zé Nogueira e Olé Agachados: Tonheca, Picolé, Nego Gilson, Jobedis, Zé luiz Junior e Fernando Canguru
Neste pequena homenagem que interpreta o pensamento da maioria dos ex-boleiros, como se a grandiosidade de uma história fosse apagada. Infelizmente isso é fruto da cultura brasileira. Por isso, neste modesto espaço, busca-se resgate de valores, sem se restringir a biografias. As histórias são apimentadas com descrição de fatos curiosos, hilariantes e trágicos.
do seu amigo
Jobão
|
12 comentários:
Fuba foi uma pessoa da qual eu convivi durante estes anos de 66 até os anos 90 atrás, quando o ex-técnico teve um AVC, e acabou falecendo . Deus sabe a hora que deve levar as pessoas e assim levou nosso querido e saudoso amigo Fuba Velho. Deus o levou mas o exemplo de dignidade e honradez como um desportista de primeira linha, que muito contri-buiu com o esporte amador de Campina Grande do passado, foi para sempre.
Parabéns pela matéria, o Fuba Vei era, sem dúvida, um patrimônio da história do futebol amador de Campina Grande, continua bem vivo na nossa memória. No embora passando por sérias dificuldades de saude era sempre um cara de alto astral.
Na historia do ERverton a união de seus integrantes era o principal fator de superação, esse time e o seu antigo treinador merece mais atenção por parte dos desportistas locais.
Sou testemunha ocular te todo o esforço que o Fuba Vei, bem como alguns abnegados, amigos leais, aqueles que realmente chegavam até a chorar quando o time perdia, caso do roupeiro Bilinha, dedicavam ao mais tradicional time suburbano do Campina Grande do passado. O Everton não era só um time de subúrbio era um time exibição nas cidades do interior do estado. Era na realidade, uma lenda viva para todos aqueles que acompanhavam e gostavam de de um bom futebol. Participei e assisti o time jogpois na epoca não foipossível. E seria bom que mais pessoas, amigos pudessem Comentar sobre este ser maravilhoso que era fuba Vei e comentar sobre esse tão glorioso representante campinense da história do futebol amador. Parabéns, Jobão, Son, Nego Gilson, Fernando Canguru, Nenem, Jonas Didi, Tonheca, Amigo da Onça, e tantos outros que colaboram com para que este clube fosse um dos maiores da história de nossa cidade.
Com satisfação imensa li essa matéria, pois moro em Fortaleza e nunca soube desse fantátisco sportista.
Já fui peladeiro e sei quanto isso tem valor, engrandece o espírito do participante pelo cunho da expontaneidade, vocação de lazer e bem estar onde o futebol é o meio apropriado para essa prática que os tempos atuais teima em extinguir.
Parabéns ao Museu pelo grande resgate.
Finalmente o Fuba Vei recebeu uma homenagem á sua altura. Essa pequena historia, muito bem escrita, traduziu a alma do time e dos seus jogadores e colaboradores. Tenho o prazer de trabalhar com Zé Nogueira ex-presidente do Everton. Essa proximidade me faz acompanhar o dia a dia do time: a marcação dos jogos, a luta para conseguir transporte e o dinheiro nem sempre suficiente. As festas realizadas pelo time nas viagens eram o animadas e você se sentia realmente em casa.
Saudades do Grande Fuba e o grande time do Everton
Caro Jobedis voce não tem a déia da importância destea materia para a história do Everton, voce agora ta dando um baile como cronista como dava como atleta, vc é um cara ilumuinado pôr DEUS que mesmo depois de tanto tempo vc se lembrou de resgatar o passado de nossa cidade. A Historiado Fuba Vei e do Everton é uma história de luta, sacrificio, dificuldades econquistas valeu pela materia e continui a nos brindar com belas historias do nosso povo.
Excelente reportagem. O FUBA ERA um caso raro de amor ao esporte, típico do futebol suburbano e tão em falta entre os profissionais. Parabéns!
São matérias assim que mostram o que era fazer futebol amador de verdade, é fácil fazer futebol com muito dinheiro, grandes anunciantes, agora fazer futebol só com amor, determinação e espírito desportivo no Brasil é muito difícil. Parabéns a grande família do Everton e aos amigos do Fubão e a vc Jonão por manter vivo essa lenda do futebol amador de Campina Grande.
Valeu, Jobão. Tomara que a matéria sobre Fuba Vei de alguma forma ajude nesse lindo trabalho que você faz sobre o esporte amador de Campina Grande. Abraço fraterno
Parabéns Jobedis pelo resgate da história de Fuba Vei. Como voce mesmo diz, na sua crônica, que são necessáias várias páginas para contar a importância de Fuba no futebol amador de Campina Grande, também tenho a sensação de que nunca se esgotarão as sua lembranças e os seus causos, haja vista que toda Campina Grande conheceu um pouco deste personagem brilhante. Tive o orgulho de conviver com Fuba, fazer parte de sua amizade, ser seu atleta e divertir-me bastante junto com ele, além de reconhecer que, o muito que aprendi na minha vida se deveu a sua convivência. Durante toda a permanência de Fuba junto ao Everton e ao bairro São José, ele sempre se preocupou em amparar os jovens esportistas. encaminhando-os na retidão do caráter e os ensinando as coisas boas e sinceras da vida, tais como a amizade, a honestidade e a convivência coletiva. Senhor de poucos estudos, porém muita experiência de vida. Aconselhava a todos que se dedicassem aos estudos, sempre frizando que o futuro estava em quem estudava e nos dava exemplos entre os próprios moradores do bairro São José. Veja que engraçado, o homem sem estudos ajudando os jovens a se formarem. Um pequeno exemplo foi o ano de 1973 quando comandou a equipe do Everton em que dez titulares estavam de cabeça "raspada" por terem sido aprovados no Vestibular. Fuba sempre comentava sorrindo e brincando que tinha uma eqipe de universitários na mão, porém não se sabe se ele tinha conhecimento que ajudou a todos eles se formarem. Assim era Fuba, insubistituível no que fazia, um Paizão para todos. Um exemplo de ser humano em sua simplicidade e singularidade. Um homem sem adjetivos. Uma luz que foi brilhar com Deus. Aonde estiver sei que já deve ter formado aspirantes e titulares e se Deus me permitir, quando chegar a minha hora (espero que esteja distante), humildemente me apresentarei a ele requerendo um lugar e a minha nota após os jogos. Saudades Fuba e que Deus esteja contigo. Fernando Cangurú.
Franca, 09 de novembro de 2011.
O comportamento desse grande amigo Fuba Vei, em todos os sentidos, é uma marca registrada como o personagem mais folclórico que vivenciando ao seu lado eu vi. Era um artista na arte de encenar suas façanhas engraçadas e sérias quando precisava. Foi um grande amigo...verdadeiro e sincero com aqueles que lhe rodeavam, deixou muitas saudades e impressões boas em nossos corações. Fubão (era assim que eu lhe tratava), você tá guardado no meu peito e todos da galera do Everton e seus outros amigos...GALERA AHAHAHAHAHAH! Na certeza que estais no bom lugar ao lado de Deus, valeu amigão! Jonas didi...é com emoção que te peço minha nota!!!
sou filha de fuba quero agradecer a todos do museu virtual do esporte por esta linda homenagem a meu respeitoso e saudoso pai fuba pois só quem o conheceu saber realmente a pessoa extrovertida e humilde que ele foi e ao mesmo tempo a oportunidade de mostra a sua historia para seus netos e da sua contribuisão para o esporte campinense obrigado
Postar um comentário