Depois de muitos anos sem ir ao estádio Presidente
Vargas do Treze Futebol Clube para ver uma partida de futebol profissional ou
amador, fiquei feliz do que vi e vibrei das modificações na estrutura do Campo,
nas arquibancadas e na entrada, como também no alojamento dos jogadores e da
imprensa.
Pois é amigos depois de alguns anos resolvi ir
matar a saudade, ou sei lá, talvez, “reviver a saudade”, como querem alguns,
até com certa razão. Foi bom o tempo passado, não há o porquê matar aquela se
considera que não tem idade (e é imortal). O propósito deste preâmbulo na
verdade é para falar de uma coisa que me deixou feliz e contente.
Ante da partida que seria disputada naquela
noite, fiquei lembrando como foi importante a fase de adolescente quando
disputávamos os torneios de futebol juvenil da cidade pelo time do Boa-vistense
que tinha como base a grande equipe do Everton do Bairro do São José e pela
equipe da Raposinha. Muitas e boas lembranças começaram a ficar vivas.
Bastava olhar para dentro do gramado do Estádio
Presidente Vargas, o campo do Treze, carinhosamente chamado de PV, palco de
tantas emoções. Imaginar quantas vezes
pisamos naquele gramado, uma viagem no tempo.
Encontrar velhos amigos à beira do alambrado ou
nas arquibancadas, falar sobre época do time Everton, Trezinho, Nacional de
Zezê, Fracalanza, Internacional, do Juvenil do Treze e do Campinense, Ipiranga, Flamengo de Zé Pinheiro e outros.
Cada um dos presentes tentando trazer para o momento um time de sua preferência
e fatos marcantes na sua juventude.
Relembrando os bons momentos no papo que rolava,
eu percebia que a saudade permeava fortemente entre amigos da juventude,
amizade que perdura até hoje. Perdurar pode até parecer uma expressão sem muita
importância... Na verdade ao longo dos anos essas amizades foram reforçadas e
criaram-se até outros laços, e esses sim, em que pese às vicissitudes, continuam
firmes e fortes.
Antes de a bola começar a rolar nesta tarde
ensolarada, era um olho no gramado e nas equipes formadas para as fotos que
iriam imortalizar as equipes e o trabalho desenvolvido, e o outro na galera da
arquibancada.
Vejo ao lado direito aqui na arquibancada alguns
amigos que não via há algum tempo, Dando asas a imaginação, olho mais distante
e quase posso rever os velhos e aguerridos torcedores do passado alguns já
falecidos como: Fuba Véi, Nego Amauri, Gilvani Barbosa, Zé Preá, e muitos
outros, alguns ainda vivos, outros já no outro lado da vida.
O juiz soou o apito autorizando o início da
partida... Uma emoção percorreu todo o meu corpo, como se uma brisa suave vinda
da Serra da Borborema passasse sobre o estádio. Era como se estivesse dentro do
gramado participando do jogo.
Passaram-se os primeiros minutos, então pude
perceber alguns ex-jogadores que passavam pela arquibancada e o desgaste
provocado pelo tempo, naqueles que um dia foi ídolos do Campinense, não havia
como não observar que o tempo tinha feito seu trabalho. A condição física de alguns atletas estava,
vamos dizer assim, sem nenhum receio de provocar constrangimento, muito aquém
das condições ideais para um ex-atleta do passado daquele nível. Mas, tudo bem,
já que eram já uns veteranos. O que não invalidava a observação é o fato de que
na sua maioria, dava para se perceber que o estilo de andar de boleiro que foram
detentores um dia, ou mesmo, o estilo a de um atacante ou defensor não havia se
apagado.
Como dizia o antigo técnico de futebol do juvenil
do Campinense e grande ídolo do Treze o ex-jogador Ruivo: - “Futebol é como
andar de bicicleta, uma vez aprendido, não se esquece. Entretanto, há que se
manter a condição física para uma corrida ou mesmo um passeio”. Esta verdade
imbatível nos esportes, a da condição física já ficara demonstrada e um cansaço
estampado na face e algumas pernas trôpegas. Além da idade a comprometer o
desempenho de andar, existe o fato de que alguns já estão aposentados e outros
ainda enfrentam o dia dia para ganhar o pão de cada dia.
O resultado da partida não foi o esperado, o meu
time venceu, mas não convenceu. De qualquer forma, foi muito bom rever amigos
no Estádio Presidente Vargas de minha infância e adolescência e ver que o
futebol continua a paixão de muitos dentro ou fora dos gramados. Sem
saudosismo, mas, futebol, no nosso tempo era muito melhor...
Algumas fotos da grande reforma do Treze que teve
ajuda importante da torcida e desportista da cidade:
Fotos depois da reforma
5 comentários:
Quatro clubes foram considerados campeões da segunda divisão do Campeonato Brasileiro de 1986
O Brasileirão de 1986 foi bem confuso. Participaram 80 clubes, sendo que 44 foram divididos em quatro grupos (A, B, C e D) com 11 times em cada um, na considerada "primeira divisão". Já os outros 36 participantes ficaram em mais quatro grupos (E, F, G e H), com nove clubes em cada um, no "Torneio Paralelo" - uma espécie de "segunda divisão".
Dentro de cada grupo, os clubes jogavam entre si em turno único. Ao fim da primeira fase, os 28 primeiros colocados nos grupos A, B, C e D passaram para a segunda fase. Já no Torneio Paralelo, apenas os vencedores garantiram vaga na segunda fase.
O Central, que estava no Grupo F, foi um desses vencedores, assim como o Treze-PB, a Inter de Limeira-SP e o Criciúma-SC. O clube catarinense, aliás, fez a melhor campanha entre esses quatro clubes (14 pontos). Como o Torneio Paralelo não teve sequência, os quatro clubes foram considerados campeões da segunda divisão de 1986 extraoficialmente por alguns historiadores
Vadinho
“Campo do Treze”
À reforma o transformou para melhor. Acomodações, acessos, arquibancadas e o gramado de excelente qualidade. Que às novas gerações mantenham e saibam do valor sentimental desse estádio que foi o berço de muitos jovens jogadores peladeiros e amantes do futebol. Tem muita história e muitos “causos” ...
Parabéns pela pertinente homenagem.
Vadinho
Que bom ter uma pessoa tão especial como vc amigo Jobão, que diante da sua narrativa, nos fazem lembrar o passado, viver o presente e continuar, como cita o amigo Vadinho, foi um "berço"... estamos felizes.
Parabéns Jobão,
abs Jonas didi
Oi professor Jobedis, não vale fazer chorar... muito me emocionei qdo vi o PV TODO REFORMADO DIGNO DE UM CAMPO DE FUTEBOL, QTAS VEZES ADENTREI ALI PARA DESFILAR PARA ABERTURA DOS JOGOS OLÍMPICOS ESTUDANTIS, EU TODA FORMOSA COM A BANDEIRA DO COLÉGIO , ME ACHAVA A PRÓRIAKKKKKKKKKKKKKKKKK E MAIS AINDA QDO OUVIA MEU NOME, AQUELE NOME TÃO LONGE MAIS EU OUVIA , POIS A NOSSA TORCIDA ERA FIEL E LEVAVA ALGO PARECIDO COM UM MEGAFONE... EITA AMIGO A SAUDADE BATEU , E BATEU COM ALGUMAS LINDAS LÁGRIMAS DE TÃO BELAS LEMBRANÇAS. oBRIGADA POR MAIS ESTE MOMENTO.
ABS,
Nadya
Caro Jobis fiquei encantado com tudo que vi e a forma como me levou ao passado, e que passado, embora seja um trezeano capinagrandense moro em João Pessoa a 36 anos e nunca me senti pessoense mais de Campina, uma das minhas grandes paixões, a quem um dia pretendo retornar, parabéns e continue assim saudosista e leal as suas origens.Almir Caravalho.
Postar um comentário