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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Memória Esportiva – Inauguração do Estádio Presidente Vargas do Treze FC

O Estádio Presidente Vargas foi inaugurado no ano de 1940. De acordo com  o  historiador Mário Vinicius Carneiro, autor do livro Treze Futebol Clube: 80 anos de história, naquele domingo Campina Grande estava em festa. Várias caravanas dos distritos campinense deslocaram-se para a cidade, com o intuito de assistir à inauguração do Estádio Presidente Vargas.


PRIMEIRO JOGO



Treze x Ypiranga 
(que tinha se sagrado campeão da cidade em 1939) fizeram a primeira partida no estádio naquela data. Na ocasião as equipes empataram em 3x3. Alcides, atleta do Ypiranga foi o atleta que fez o primeiro gol no estádio. O primeiro alvinegro a balançar as redes do PV foi Aderson Eloy. Além disso, o jogo inaugural serviu para dar o título de campeão da Cidade de 1939 ao Ipiranga. A fita simbólica foi cortada pelo então Interventor Argemiro de Figueiredo, que também deu o pontapé inicial do encontro.

Fonte:


 Livro Treze Futebol Clube: 80 anos de história,  do
historiador Mário Vinicius Carneiro. 
Site:Trezegalo


CAMPINA GRANDE – UMA CIDADE E A GUERRA MUNDIAL (1937/45)

N   

Não foi pequena a participação de Campina Grande na História da Paraíba do período 1937/45. A Interventoria Federal foi, inicialmente, ocupada por um seu representante, mediante o que o grupo algodoeiro campinense que encontrava-se no poder.

Alguns Grêmios Recreativos exibiam coleções de livros. Outros lugares de discussão da guerra eram farmácias e cabarés. Entre as primeiras distinguiam-se as Confiança, de Luiz Juvêncio, São José, de Júlio Aprigio, e as de nome Azevedo e Osvaldo Cruz. O cabaré mais famoso da história de Campina – o Eldorado – era freqüentado pela elite da oligarquia algodoeiro-pecuário. Os clientes de extração social mais modesta contentavam-se com as pensões de nome Moderna, de Zefa Triburtino, e de Maria Paulino. O principal hospital da época era o Pedro I.

Entre os clubes sociais pontificavam os Campinense Clube, Ypiranga, na José Tavares, Paulistano Sport Clube, na rua Major Belmiro no bairro do São José, e Éden Clube, na Maciel Pinheiro. Flamengo de José Pinheiro e o “Forrô de Alcatrão” na Liberdade entre outros pequenos clubes.

O Treze Futebol Clube dedicava-se apenas ao futebol cujas disputas se verificavam no antigo campo do Paulistano onde anos após se instalaria a SANBRA.

Duas décadas depois, o futebol já dava sinais de franca popularização em Campina Grande

Fato é que em pouquíssimo tempo o esporte alcançou êxito entre as camadas menos favorecidas da população. Por ser de fácil assimilação, o futebol de pelada era praticado de improviso, com qualquer número de jogadores, mesmo de idades diferentes; uma partida podia ser disputada ao ar livre e com qualquer tempo, com bola de couro, de meia ou de borracha. Assim, numa Campina Grande que crescia rapidamente (com o ciclo do Algodão), o futebol transformava-se em lazer acessível e preferido dos meninos descalços da periferia. O gosto pelo novo esporte fez meninos e rapazes limparem e ocuparem lugares ermos e baldios para a sua prática. Os campos de pelada alastraram-se pela cidade e, sobretudo na periferia, foram surgindo outros clubes que, além da prática do futebol, promoviam rifas, bingos, atividades estas que ajudavam no sustento dos times. Os meninos brincavam pelas ruas, pelos quintais e terrenos vazios do bairro, tendo às mãos pipas, peões, bolinhas de gude, carrinhos de madeira, velocípedes e bicicletas. Muitas vezes reuniam-se nesses espaços públicos para disputarem partidas de futebol, as quais davam o nome de peladas.


Fontes pesquisadas:

·         José Octávio de ARRUDA MELLO na revista Alfarrabio do curso de História da UEPB
·     Livro dos 50 anos do Treze Futebol Clube
·     Arquivos Pessoais
·     "80 anos da historia do Treze futebol Clube" (do escritor Mário Vinicius Carneiro)
  

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Fechamento e Resurgimento do Treze Futebol Clube na Decada de 30



Mesmo conquistando o tetracampeonato campinense entre 1925 e 1928, o Treze com as dimensões que ele detém hoje deve muito ao seu ressurgimento em 1937, após 7 anos de inatividade. No seu retorno, o Treze conquistou de imediato o vice-campeonato municipal, repetindo o feito em 1939. O final da década de 30 foi para o alvinegro um período de reorganização como clube de futebol profissional. Ainda em 1939, passou a disputar o campeonato estadual, arrebatando na estréia um vice. Contudo, foi na décadade 40 que vieram as principais conquistas trezeanas, dentro e fora dos gramados. Nesta época, o clube inaugurou o Estádio Presidente Vargas e conquistou ainda os títulos paraibanos de 1940/41 e os vices estaduais de 1942 e 1944, além dos campeonatos municipais de 1940/41/42/43/45/47/48 e 1949. Com quinze títulos em 12 anos de reorganização, o alvinegro tornou-se o principal clube de futebol do interior da Paraíba. Nos anos 50 veio a chamada década de ouro, que consolidou definitivamente o Treze como o esquadrão da Borborema. Em 1950, o clube retornou às disputas do campeonato estadual, erguendo seu terceiro título na competição. Um ano depois, realizou seu primeiro amistoso internacional enfrentando o Velez Sarsfield da Argentina em João Pessoa. Numa nítida referência a sua importância no cenário do esporte nordestino, nesta década, ocorreu as conquistas dos campeonatos municipais de 1952/57/58 e 1959, além do vice-municipal de 1953. A década trouxe ainda a rivalidade contra o Campinense Clube que se prolongou nas décadas seguintes, principalmente nos anos 60, quando o alvinegro conquistou invicto o título estadual de 1966 e mais uma série de vice-campeonatos em 1961/62/63/64/67/68 e 1969, além de uma participação na Taça Brasil de 1967, que teve Chicletes como artilheiro.



Fontes Utilizadas:
·         Livro dos 50 anos do Treze Futebol Clube
·         Arquivos Pessoais
·         "80 anos da historia do Treze futebol Clube" (do escritor Mário Vinicius Carneiro)
·         Acervo do Jornalista Júlio César
·         www.trezefc. www.campeoesdofutebol

sábado, 27 de agosto de 2011

História do Paulistano


POR: JOBEDIS MAGNO DE BRITO NEVES

Façamos uma viagem ao passado, parando no ano de 1929, quando Campina Grande  despontava como importante centro exportador de algodão e produtor de vários sub-produto deste  valioso produto, cujos caminhões e burros tantas vezes ornamentaram as ruas desta cidade,  número notável aqui chegavam, no vai e vem para os inúmeros  depósitos que aqui existiam. Como não poderia deixar de ser, um momento de tanta euforia e riqueza Até então, Campina Grande contava com o Treze como destaque e outras equipes amadoras, como o Ipiranga, Humaitá entre outras.

O Paulistano Esporte Clube foi fundado no dia 25 de novembro de 1929. Tudo começou quando jovens que moravam perto da linha de trem se reuniam para disputar partidas de futebol contra os times de outros bairros. Como a cada dia ia ganhando forma de clube de futebol, seus fundadores decidiram registrar a equipe,  para poder disputar o campeonato que existia no município.

O nome

O nome da nova agremiação teve origem a uma  homenagem a um clube paulista na década de 20, que excursionou pela Europa e conseguiu bons resultados, era o time do lendário Friedenreich (O Paulistano era o "bicho-papão" do início do século. Jogar contra o time de Friedenreich era um orgulho, e o time ia freqüentemente ao interior atendendo a convites. Também foi a primeira equipe a fazer uma excursão à Europa, em 1925).

A sua sede inicial era nas proximidades do antigo Cine Babilônia, na década de 40. Depois foi transferida para o bairro de São José, localizada à Rua Major Belmiro.

Seu Uniforme e emblema

 O Paulistano  teve o seu uniforme oficial, que era camisa e calção todo  branco, tendo ao lado esquerdo o distintivo que era uma letra PEC.  Esse uniforme foi usado durante toda sua vida.

O primeiro campo de futebol do Paulistano

Foi o campo das Beatas e ficava as margens da linha do trem em terreno onde funcionava a desativada SANBRA. A mudança para a Avenida Assis Chateaubriand na Liberdade, aconteceu na década de 50, depois que a diretoria da época negociou a venda do primeiro campo para a SANBRA com a intermediação do prefeito da época, o Dr. Elpídio de Almeida.

Paulistano X Treze primeira grande rivalidade do futebol de Campina Grande

Enganam-se muitos que pensam que o tradicional clássico Treze x Campinense  é o mais antigo do futebol de Campina Grande, afinal é um dos maiores do nosso futebol onde sempre temos casa cheia, jogos terminados em confusões, brigas entre jogadores e dirigentes onde até torcedores desses jogos foram presos e foram terminar numa delegacia de policia. Pois bem o Treze x Campinense  só passou a ter a rivalidade levada aos extremos nos anos 50 quando o Campinense  voltou a se dedicar ao futebol e a ganhar títulos e a ser um ferrenho adversário do Treze.  Antes mesmo do Treze ter o Campinense  como maior rival,  o mesmo teve no Paulistano  seu maior rival de 1937 quando ressurgiu  o Treze (que tinha acabado suas atividades no futebol)  passando a dividir com o Paulistano  a posse do nosso futebol, durante o final da década de 40 e até a finais da década de 50 o jogo entre Paulistano e Treze era comparado ao Fla-Flu do Rio de Janeiro.

Curiosidade

Houve a uma partida no dia 24 de outubro de 1937, jogavam Treze e Paulistano. O local da partida era no "Campo das Beatas", assim chamado por estar próximo à "Casa de Caridade Padre Ibiapina", instituição cujo prédio foi demolido em 1961 e estava localizada próxima à antiga SANBRA. O clube patativa vencia por 1 x 0 e o Treze buscava o tento de empate a todo custo. De repente, o Paulistano contra-atacou e seu ponteiro só foi parado com falta próxima da grande área, imediatamente marcada pelo juiz. Tibúrcio era o arqueiro galista (seu filho, Jael, seria arqueiro do alvinegro no ano de 1950).   Tendo posicionado a barreira, eis que o árbitro determinou a cobrança. O jogador adversário desferiu um petardo para dentro da meta. Porém, o que todos viram foi a bola já saindo por trás do gol. O juiz, assim, marcou tiro-de-meta. Ocorre que os tempos eram outros. Ao receber a bola de um espectador, o goleiro alvinegro a entregou ao mediador da partida. - "Seu juiz" - disse Tibúrcio - "A bola foi gol!". O árbitro não acreditou no que estava ouvindo. Foi preciso que Tibúrcio repetisse o que dissera. E mais: ainda foi até a rede e mostrou o buraco que a bola fizera e, conseqüentemente, por onde passara.

Ao contrário do que possa ser pensado hoje, Tibúrcio recebeu os parabéns tanto dos companheiros de clube como dos adversários, admirados com a honestidade daquele atleta. E o árbitro, surpreso com aquela atitude, disse que jamais, em toda a sua

vida de juiz de futebol, vira cena tão inusitada: ele não marcara o gol; o goleiro dissera que o tento acontecera e, o mais incrível, fora cumprimentado pelo seu gesto tanto pelos companheiros como pelos adversários.

O Treze perdeu este jogo por 2 x 0. Contudo, esta atitude de Tibúrcio, um verdadeiro gentleman, acabou entrando para a história do esporte de nossa cidade sendo, tempos depois, contada na coluna esportiva "O Futebol de Campina", escrita por Amaury Capiba e publicada no Jornal da Paraíba, na primeira metade dos anos 70.

Dados deste jogo histórico:
Treze 1x3 Paulistano
Data: 24/11/1937
Local: Campina Grande-PB
Celeiro de craques: 

Entre os quais: o zagueiro Uray, Adautinho, Corró, Zé Preto, Lucas, Sandoval, Sabará, Cido, Mivaldo, Nilson Camilo, Lelé, Tonho Zeca, Zé de Iracema,  Ercílio (depois jogou vários anos no Treze) Assis Cará e outros tantos.


Uma das primeiras equipes do Paulistano


         Uma das primeiras equipes do paulistano 



Fontes Utilizadas:

-Livro dos 50 anos do Treze Futebol Clube do Pro.Mario Vinicius
-Depoimentos de ex-atletas e dirigentes
Materia já Publicada no site Retalhos Historicos de C. Grande







quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O FUTEBOL DE CAMPINA GRANDE NA DÉCADA DE 30

O Treze acabou seu time em 1929 (só voltaria no 1937) por um entendimento entre eles (jogadores e diretores). Neste mesmo ano, se acabariam também o Palestra e o Comercial. A Revolução de 30 não alterou em nada o futebol de Campina Grande. Os jogos continuaram acontecendo normalmente. Nesta década o futebol campinense ainda era feito de maneira amadorística. Restavam somente Cinco times amadores: o Ipiranga, o Paulistano, o CAC (Centro Atlético Campinense), o Sete e um time do Monte Santo? (não consegui o nome deste). Os quatro primeiros disputavam o Campeonato da Cidade. O CAC era formado pelos ex - jogadores do Treze. Já o Sete era o time do seu Elias do Curtume dos Motta, também muito bom. Segundo antigos moradores as partidas eram realizadas em dois campos: o Comercial e o Palestra. Na Prata, onde hoje é o templo da “Assembléia de Deus”, ficava o campo do Palestra, que era cercado de folhas de zinco. Já o do Comercial ficava próximo à SANBRA, sendo este murado. Todos eram de areia, marcados, não existindo grama. Não havia, também, redes nas traves. Somente depois de algum tempo começaram a colocá-las. Já o juiz não usava roupa especial. Era a paisana mesmo: de paletó, gravata e chapéu !

Esta foto é de 1932, no campo do Comercial.  Ao lado dos atletas, estão os diretores do clube. Entre eles está Mestre Inácio,  que era praticamente o dono do time.

Os Campeões da década de 30 da Taça Campina Grande de Futebol (era uma competição festiva, que encerrava as temporadas do futebol campinense).

1930 - Ypiranga
1931 - Paulistano
1932 - Centro Atlético Campinense (C.A.C.)
1933 - Ypiranga
1934 - Paulistano
1935 - Paulistano
1936 - Centro Atlético Campinense (C.A.C.)
1937 - Paulistano
1938 - Paulistano
1939 – Treze

Fonte pesquisada: Blog Retalhos Históricos de Campina Grande
Livro 80 anos do Treze do Prof. Mario Vinicius Carneiro

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Como surgiu o Treze na década de 20


Durante a década de 20, o futebol tornou-se um fato irreversível para a juventude de Campina Grande, muitos clubes já existiam na cidade. Ypiranga, Palestra e Comerciário formavam com o América a elite futebolística da época. Foi então que em 1924, o clube americano encerrou suas atividades, abrindo espaço para a criação de uma nova agremiação para a prática do futebol. Foi assim, que ex-integrantes do América e de outros times da cidade resolveram criar o Treze Futebol Clube.

Os primeiros entendimentos aconteceram na rua Marciel Pinheiro, onde foi acertado aclamar uma reunião na residência do senhor Antônio Fernandes Bioca.A noticia da criação do novo clube foi disseminada entre os interessados que se reuniram pela primeira vez no dia 7 de setembro de 1925, mas, foi apenas no dia 20 de outubro que decidiram batizar a nova equipe por iniciativa de José Casado, que somou o número de pessoas na reunião e ao totaliza 13. Sugeriu que o clube deveria chamar-se Treze Futebol Clube.Foram fundadores do clube, Alberto Santos, Amélio Leite, Antônio Fernandes Bióca,  José Casado, José de Castro,  José Eloy, José Rodolfo, José Sodré, Luiz Gomes da Silva, Olívio Barreto, Osmindo Lima, Plácido Veras e Zacarias Ribeiro de Vasconcelos.

No dia 06 de Novembro, a equipe trezeana entrou pela primeira vez em campo contra o Palmeiras  de Campina Grande, o alvinegro derrotou o adversário por 1x0, com um gol marcado por Plácido Veras (Guiné), a primeira equipe do galo estreou com a seguinte Treze: Olívio, Zé Castro, Lima, Zacarias, Eurico, Zé Eloy, Rodolfo, José Casado, Alberto 
Santos, Cotó e Guiné.

No dia  20 de outubro de 1925, novamente os treze desportistas estavam reunidos na casa de Bióca, discutindo um nome para o clube, que até então era apenas rotulado como uma “sociedade desportiva”, conforme observa a ata de número 03. Em certo instante José Casado levanta-se e conta o número de presentes à reunião e observou que eram treze componentes desde a primeira reunião, então sugeriu duas opções Treze SPORT CLUBE ou TREZE FUTEBOL CLUBE e como a atividade a ser desenvolvida seria o futebol, ficaram com a segunda opção. Nascia ali o Treze Futebol Clube.

COMO SURGIU O GALO, MASCOTE DO TREZE-PB

A versão para a origem da mascote do Treze nunca foi oficialmente explicada, sabe-se apenas que a opção devesse ao próprio nome do clube e ao jogo do bicho, já que o número 13 no jogo é o Galo.

Há duas versões folclóricas para a escolha da mascote, que não são contraditórias, apenas auxiliam no esclarecimento do fato. A primeira é que o bichinho teria assumido a função de símbolo da equipe graças aos seus fundadores Fernandes Bióca, José Casado e José Eloy, adeptos de uma fezinha no jogo e que após a fundação do clube, teriam passado a jogar sempre no número 13 como sinal de sorte.

Em jornais esportivos de 1926, há citações sobre “Os Galos da Borborema”. A segunda versão que também é folclórica mas há uma boa possibilidade de ser real, devesse a reorganização da equipe ocorrida em 1937, por Bióca e Timbúcio dos Santos. Naquela década o jogo do Bicho que já era bastante praticado, por todas as classes sociais e se tornou a loteria mais popular entre as cidades do Brasil, a fase de popularização do jogo ocorreu justamente quando o Treze estava inativo.

Quando a equipe retornou a prática do futebol as pessoas começaram a associar o nome do clube ao número do Galo no jogo do bicho. Na década de 20, mesmo utilizando o Galo como a mascote a população da cidade de Campina Grande ainda não conseguia assimilar o bicho como o símbolo do clube, preferindo chamá-lo apenas de Treze. Com a popularização da loteria (Antes elitista), nos anos 30 ficou fácil.

Na manhã seguinte, quando a noticia se espalhou pela cidade à população ficou surpresa com a escolha do interessante nome para a agremiação que surgia, mas embora tendo nome exótico nome, o destino do “Galo da Borborema” (expressão de autoria do poeta Murilo Buarque, fazendo alusão ao número 13 no “jogo do bicho”) seria o de voar alto como as águias. Daí no primeiro jogo, o novo clube já contara com torcida junto ao campo de areia. expressão de autoria do poeta Murilo Buarque, fazendo alusão ao número 13 no jogo do bicho. O mascote do Treze é o GALO, devido a numeração no jogo do bicho, 13 = GALO.
O Treze treinou pela primeira vez onde é atualmente o mercado público de Campina Grande, onde antigamente se dominava o Campo dos Currais.

Treze Tetra-campeão Campinense de 1928

Em 1928 a equipe do Treze conquistou o tetracampeonato promovido pela Liga Desportiva Campinense – LDC. A entidade promovia o campeonato da cidade desde 1921

E até a conquista trezeana de 28, nenhuma equipe havia conseguido a façanha de conquistar tantos títulos consecutivos. O clube tinha apenas quatro anos de existência e ergueu o tetra numa campanha formidável contra as principais equipes da época. Na partida de estréia aplicou uma goleada surpreendente na forte equipe do Palestra por 7x0, vencendo em seguida por 6x0 o Comercial. Porém diante do favorito Ypiranga o clube esbarrou no empate sem gols. No returno, novas goleadas diante do Palestra por 5x0 e Comercial por 6x0. A grande decisão foi contra o Ypiranga. Ao galo bastava empatar contra  o alvirrubro para comemorar o feito inédito. A partida foi uma das mais difíceis da história do confronto, o Ypiranga já era uma equipe bastante conceituada na cidade e tinha em seus quadros excelentes atletas. Mas valeu a força do alvinegro que sagrou-se vitorioso pelo placar de 1x0. O Treze conquistou a Taça da cidade invicto, aplicando 25 gols e não sofrendo nenhum. Treze: Olívio, Zé Castro, Lima, Zacarias, Eurico, Zé Eloy, Rodolfo, José Casado, Alberto Santos, Cotó e Guiné. 


                                                      Uma das primeiras equipes do Treze
  
Fonte:
Acervo: Jornalista Júlio César, publicado no “Agora Esportes”
Livro dos 80 anos do Treze do Prof. Mario Venicios

domingo, 21 de agosto de 2011

A História do Campinense Clube

POR: JOBEDIS MAGNO DE BRITO NEVES


Em 12 de Abril de 1915, vinte e oito pessoas deram origem ao Campinense Clube, era a nata da sociedade de Campina Grande/PB, fundaram como uma sociedade dançante, com o nome de  CAMPINENSE CLUB, que teve como fundadores os senhores: Elias Montenegro, Dino Belo, Antonio Lima, Sebastião Capiba, João Honório, Horácio Cavalcanti, Manoel Colaço, Luiz Soares, Antonio Cavalcanti, César Ribeiro, Valdemar Candeia, Nhô Campos, Sindô Ribeiro, Severino Capiba, Adauto Belo, Basílio Agostinho de Araújo, José Amorim, Tertuliano Souto, Gumercindo Leite, Martiniano Lins, José Aranha, Alberto Saldanha, Acácio de Figueiredo, Arnaldo Albuquerque, Gilberto Leite, José Câmara, Alexandrino e Adauto Melo. Como ainda não contava com sede própria, o novo clube passou a funcionar no Colégio Campinense, cujo diretor Gilberto Leite, um dos fundadores. Estes senhores não  sabiam eles que, mais tarde, o Campinense Clube viria se tornar um dos times mais queridos da Paraíba.

A primeira sede Social
Foi instalada no Colégio Campinense, que era administrada por um de seus fundadores, cujo diretor Gilberto Leite, um dos fundadores.

Escolha do Nome Campinense

Detalhe digno de assinalar foi a escolha do nome do novo sodalício. Reuniões e mais reuniões se sucediam e não se chegava a um acordo. Finalmente, o jovem e brilhante advogado Hortênsio Ribeiro, numa “quente” reunião propôs que o clube passaria a se chamar Campinense. Esse nome retratava tudo, inclusive o bairrismo dos seus fundadores. E obteve votação unânime. O Dr. José Câmara presidiu a diretoria provisória, no entanto, o primeiro presidente eleito no ano seguinte. A posse foi solenizada com um jornal falado, o “Campinense Clube”. A solenidade foi no palco do Cine Teatro Apolo, Rua Maciel Pinheiro, onde era a Livraria Pedrosa ( a velha ). Este grupo de amigos não sabiam eles que, mais tarde, o Campinense Clube viria se tornar um dois times mais queridos da Paraíba.
Nasceu aristocrata. Não por acaso, a CARTOLA foi escolhida como símbolo. Nos seus salões a sociedade vivia o progresso dos áureos tempos. A majestosa sede da Praça Antônio Pessoa era palco de eventos importantes, onde desfilavam atrações nacionais do universo artístico e político. Ser sócio do CAMPINENSE CLUBE era símbolo na época, de status e escalada social. E foi do quadro de sócios a origem da idéia de criação de um departamento de esportes para jovens adeptos, principalmente do futebol.

Como nasceu o futebol no Campinense

O então presidente do Campinense, Arnaldo Albuquerque (No rastro do América e motivado pelo crescente interesse dos jovens na época pelo jogo de bola, a diretoria do Campinense Clube (clube social fundado em 1915), fundou o departamento de esportes (1917) e criou o primeiro time de futebol do clube para a prática entre seus associados  e adeptos do novo esporte.  

Para concretizar este projeto, a diretoria rubro-negra aproveitou o entusiasmo de alguns sócios que já praticavam futebol. Alguns eram integrantes dos quadros do América. Outros não sócios também foram convidados para auxiliar na formação do time, entre eles Antônio Fernandes Bióca.

                            Primeira equipe do Campinense

Para a formação da primeira equipe, alguns sócios do clube que atuavam no América e demais clubes da cidade, migraram para a formação do novo time.


A adesão do Campinense ao Futebol aconteceu em 1917 e durou até 1920, quando os sócios da época criaram a seção esportiva do clube. Como a equipe era considerada  “causadora de confusões”  e por ordem do bacharel de justiça, Drº. Severino Procópio (que era um dos diretores do clube) e o presidente Arnaldo Albuquerque Cavalcanti decidiram banir a prática do esporte nos quadros do clube,  as atividades do futebol foram extintas

Divergências e Rivalidades

Divergências entre Bióca e alguns membros do clube culminou na exclusão dele da fundação do time rubro-negro. Ressentido, Bióca retomou suas atividades no América. O clube americano passou a rivalizar dentro e fora de campo contra a equipe do Campinense. Não tardou para América x Campinense se tornar a partida de maior rivalidade da cidade, confronto tão acirrado que acabava decidido nas mesas da delegacia. Em 1920, a rivalidade acabou gerando uma morte por esfaqueamento entre os torcedores. Como punição, o time do Campinense foi dissolvido por sua diretoria, extinguindo o clássico entre alvinegros e rubro-negros, porém, os ressentimentos prevaleceram e muitos ex-jogadores do Campinense passaram a integrar as equipes do Ypirang, Palestra e Comerciários.

Rivalidades - Tradicionalmente, a partir da política, tudo na cidade desenvolvia-se com intensa rivalidade e, assim no futebol, pela própria natureza desse esporte, não poderia ser diferente. O grande rival da equipe de futebol do Campinense era o Clube América e no dia em que os dois pelejavam era briga certa, como diz a expressão popular: o cacete comia no centro entre as duas torcidas. Não raramente o que inicialmente era uma disputa com a bola terminava na bala.

As rivalidades pessoais acabaram decididas dentro das quatro linhas e o confronto entre América e Campinense ganhou rapidamente condição de clássico. O jogo entre alvinegros e rubro-negros se tornou tão tenso que as duas equipes passaram a brigar durante e após as partidas, resultando na morte de um torcedor durante um dos confrontos.

O problema ficou tão sério que a diretoria cartola resolveu acabar oficialmente com o time de futebol (1919). Preocupados em garantir seu prestigio de clube social, a diretoria do Campinense decidiu fechar o departamento de futebol em 1921, pondo fim a rivalidade. Muitas divergências entre os membros durante a formação acabaram gerando atritos pessoais e parte dos jogadores que migraram para o Campinense, retornaram magoados para o América.
A extinção do  Futebol do Campinense

No entanto, em 1920, a diretoria (Preocupados em garantir seu prestigio de clube social, a diretoria do Campinense decidiu fechar o departamento de futebol em 1921, pondo fim a rivalidade), apoiada pelo bacharel Severino Procópio, decidiu desativar o departamento, devido a uma série de incidentes e brigas após as partidas.

A Volta do Futebol

Trinta e cinco anos depois (1954), quando o saudoso médico Gilvan Barbosa assumiu a nova diretoria do Campinense Clube, contando com a ajuda de muitos sócios, entre eles Wilson Leitão, Evaldo Cruz, Washington Morais, Miro Herculano, Souto Filho, Wilson Rodrigues e vários outros, tomaram a iniciativa de suspender a norma que estava em vigor desde de 1919, restaurando a prática do futebol nos quadros do clube. Assim, em seção de 12 de março de 1954 do Campinense Clube, ficou fundado o departamento esportivo do Campinense sob a denominação de "Centro Esportivo Campinense Clube".

O C.E.C.C., supervisionado pela diretoria e às expensas do clube, teria por finalidade incentivar a prática de esportes como futebol, basquete, voley, tênis, ping-pong etc, entre seus associados em pleno gozo de seus direitos e seus filhos menores. No ano seguinte (1955) foi inscrito o primeiro time de futebol da Raposa em uma competição oficial, pela liga campinense de futebol.

Inicialmente a equipe funcionaria de forma amadora, apenas para o lazer dos associados. No mês de julho, o segundo time de futebol do Campinense travou uma batalha contra o Ferroviário do bairro da Liberdade. A estréia foi marcada por grande equilíbrio por parte dos esquadrões, era assim que se chamavam os times que se enfrentavam na época, terminando a partida empatada sem abertura do marcador.

Em 13 de março de 1958, os dirigentes e alguns associados do Campinense discutiram a probabilidade da profissionalização da equipe amadora de futebol do clube, pois o esquadrão tinha conquistado os três últimos vice-campeonatos da cidade (1955/1956/1957). Neste momento, havia uma grande expectativa em criar uma equipe de futebol capaz de competir de igual para igual com o Treze.

Os atletas começaram a chegar (1958) para reforçar o quadro de jogadores do clube. As primeiras contratações do Campinense foram o goleiro Josil e o meio-esquerda Bruno. Seguiu-se uma série de contratações: o meia-direita Tim, o centro-médio Jaime, do Esporte, e o apoiador Zito, que atuava na cidade de Patos. A equipe também contava com nomes conhecidos como Marinho, Eudes, Paulo, Gilvandro, Murilo, ex-atletas do Guarany, do Senhor Elias Mota, principal equipe de futebol amadora dos anos 50 da cidade de Campina Grande. O primeiro artilheiro do Campinense foi Miro Chapeado. A média salarial de tão brilhantes profissionais girava em torno de mil cruzeiros por mês. A partir de 1960, passou a disputar o Campeonato Paraibano de Futebol. Neste mesmo ano conquistou o primeiro título estadual. A vitória abriu a série do hexacampeonato estadual, feito inédito e até hoje não repetido pelos clubes paraibanos.

Em 1961, foi a primeira equipe do Estado a participar de uma competição nacional, a Taça Brasil. Repetindo o feito em 1971, quando disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Em 1972, conquistou o vice-campeonato nacional da Segunda Divisão, o maior feito de um clube paraibano na história do futebol brasileiro. Também conseguiu, em 1975, ser a primeira equipe paraibana na Série A do Campeonato Brasileiro.

Somente em 1954 foi que o médico Gilvan Barbosa conseguiu convencer os conselheiros a reativar o futebol para os sócios. Em 1958, o Campinense profissionalizou-se e, somente a partir de 1960, passou a disputar o Campeonato Paraibano de Futebol, com a conquista do primeiro campeonato, que abriu a série do hexa-campeonato estadual, feito inédito e até hoje, não repetido pelos clubes paraibanos.
No ano de 1919, para dar opção desportiva a seus associados, o clube institui a prática do futebol. Mas por ordem do bacharel de justiça, Drº. Severino Procópio (que era um dos diretores do clube), as atividades do futebol foram extintas.

A Espera
Trinta e cinco anos depois (1954), quando o saudoso médico Gilvan Barbosa assumiu a nova diretoria do Campinense Clube, contando com a ajuda de muitos sócios, entre eles Wilson Leitão, Evaldo Cruz, Washington Morais, Miro Herculano, Souto Filho, Wilson Rodrigues e vários outros, tomaram a iniciativa de suspender a norma que estava em vigor desde de 1919, restaurando a prática do futebol nos quadros do clube. Assim, em seção de 12 de março de 1954 do Campinense Clube, ficou fundado o departamento esportivo do Campinense sob a denominação de "Centro Esportivo Campinense Clube".

O C.E.C.C., supervisionado pela diretoria e às expensas do clube, teria por finalidade incentivar a prática de esportes como futebol, basquete, voley, tênis, ping-pong etc, entre seus associados em pleno gozo de seus direitos e seus filhos menores. No ano seguinte (1955) foi inscrito o primeiro time de futebol da Raposa em uma competição oficial, pela liga campinense de futebol.

Inicialmente a equipe funcionaria de forma amadora, apenas para o lazer dos associados. No mês de julho, o segundo time de futebol do Campinense travou uma batalha contra o Ferroviário do bairro da Liberdade. A estréia foi marcada por grande equilíbrio por parte dos esquadrões, era assim que se chamavam os times que se enfrentavam na época, terminando a partida empatada sem abertura do marcador.

Em 13 de março de 1958, os dirigentes e alguns associados do Campinense discutiram a probabilidade da profissionalização da equipe amadora de futebol do clube, pois o esquadrão tinha conquistado os três últimos vice-campeonatos da cidade (1955/1956/1957). Neste momento, havia uma grande expectativa em criar uma equipe de futebol capaz de competir de igual para igual com o Treze.

Os atletas começaram a chegar (1958) para reforçar o quadro de jogadores do clube. As primeiras contratações do Campinense foram o goleiro Josil e o meio-esquerda Bruno. Seguiu-se uma série de contratações: o meia-direita Tim, o centro-médio Jaime, do Esporte, e o apoiador Zito, que atuava na cidade de Patos. A equipe também contava com nomes conhecidos como Marinho, Eudes, Paulo, Gilvandro, Murilo, ex-atletas do Guarany, do Senhor Elias Mota, principal equipe de futebol amadora dos anos 50 da cidade de Campina Grande. O primeiro artilheiro do Campinense foi Miro. A média salarial de tão brilhantes profissionais girava em torno de mil cruzeiros por mês. A partir de 1960, passou a disputar o Campeonato Paraibano de Futebol. Neste mesmo ano conquistou o primeiro título estadual. A vitória abriu a série do hexacampeonato estadual, feito inédito e até hoje não repetido pelos clubes paraibanos.

Em 1961, foi a primeira equipe do Estado a participar de uma competição nacional, a Taça Brasil. Repetindo o feito em 1971, quando disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Em 1972, conquistou o vice-campeonato nacional da Segunda Divisão, o maior feito de um clube paraibano na história do futebol brasileiro. Também conseguiu, em 1975, ser a primeira equipe paraibana na Série A do Campeonato Brasileiro.

O Campinense Clube é considerado um dos maiores clubes de futebol do estado, possuindo sua sede social em Campina Grande, no bairro da Bela Vista, onde já foi construído seu centro de treinamento, ou seja, o estádio Renatão. Carinhosamente chamada pela imprensa paraibana de "Equipe Cartola", o Campinense consegue agregar a juventude com os mais veteranos em seus quadros. As categorias de base do time tem servido de espelho para grandes clubes.

Pelo time já passaram grandes nomes do cenário esportivo estadual e nacional, a exemplo de Pedrinho Cangula, Gabriel, Rinaldo Fernandes, Marcelinho Paraíba e Beto, estes dois últimos ainda em atividades no futebol, com passagens por grandes times do Brasil e do exterior.
Único hexacampeão da Paraíba
Dos títulos estaduais que coleciona, o mais importante foi conquistado em 1965. A vitória diante do Botafogo (1x0) deu aos rubro-negros o hexacampeonato. O Campinense chegou à grande final após humilhar o Auto Esporte (6x2) e o 5 de Agosto (8x0). O único adversário que poderia estragar a festa era o Botafogo. Foi justamente contra ele que o rubro-negro decidiu a melhor de três, O "Belo" tinha conquistado o primeiro turno enquanto o Campinense o segundo. Na primeira partida a raposa sagrou-se vitoriosa por 1x0, gol de Debinha.

No segundo confronto, no estádio da Graça, em João Pessoa, um disputado 0x0. Na terceira e última partida, o Plínio Lemos estava lotado e a partida disputadíssima. O Botafogo havia erguido um sistema defensivo duro de ser batido. O goleiro botafoguense estava firme no jogo, defendia tudo, foi quando Debinha após receber um lançamento perfeito de Ireno, dominou a bola no peito e após livra-se do zagueiro fuzilou a meia altura marcando o gol do hexacampeonato. Dudinha; Janca, Zé Preto, Ticarlos, Gilvan, Simplicio, Zezito, Paulinho, Ireno, Tonho Zeca e Debinha foram os grandes nomes daquele inesquecível título.

 História das Sedes
 
Desde sua fundação, o Campinense Clube já "morou em quatro residências". A história destas quatro sedes é o retrato vivo de um clube em constante desenvolvimento. A primeira delas foi uma sede provisória, instalada nas dependências do Colégio Campinense.

O crescimento da cidade, a sua transformação em um importante centro comercial e sua grande evolução social, permitiu que logo se construísse sua sede própria. Um verdadeiro palacete segundo os registros sociais da época. Situava-se ao lado do prédio onde funcionou a antiga Associação dos Moços Católicos e depois a Faculdade de Filosofia, fazendo esquina com a rua Afonso Campos. Este prédio infelizmente não existe mais.

No início da década de trinta, com o constante crescimento do número de sócios, o espaço tornou-se insuficiente para abrigar tamanha quantidade de freqüentadores. Iniciou-se a luta pela construção de uma terceira sede. Nesta empreitada histórica destacou-se o nome do Sr. César Ribeiro, que é de conhecimento geral que graças ao seu empenho e seu amor ao clube, a construção de um novo e amplo edifício logo seria iniciada (1933), em um terreno na Praça Coronel Antônio Pessoa, obra orçada em 100 contos de réis.

O então prefeito da cidade e sócio do clube, Pereira Diniz, que mandara demolir o prédio da Cadeia Velha, situada na hoje Praça Clementino Procópio, doou todo o material resultante da derrubada daquele prédio para a construção da nova sede social. Com 43 contos de réis em dinheiro arrecadados inicialmente de doações dos sócios foi iniciada a edificação que seria inaugurada em 22 de fevereiro de 1936, um sábado de carnaval. Este histórico prédio ainda existe, embora muito modificado internamente pelos novos e sucessivos proprietários. Sua venda até hoje não é consenso entre muitos dos autênticos rubro-negros.

No início da década de 60, o palácio da Antônio Pessoa, tornou-se novamente pequeno para abrigar todo o sodalício rubro-negro. O então presidente Edvaldo do Ó adquiriu uma estratégica área na Rua Rodrigues Alves, no Alto da Bela Vista, na qual construiu um belo espaço dançante para os sócios do clube, o qual ficou famosa por mais de duas décadas com a "Boite Cartola". O presidente seguinte, o bem-sucedido empresário e dirigente futebolista da história campinense, Lamir Mota (foto ao lado), iniciou a construção do Ginásio César Ribeiro, dando aspectos definitivos como a nova e, portanto, quarta sede social do clube. Títulos patrimoniais foram lançados e a campanha teve o êxito previsto, e o prédio do ginásio esportivo foi concluído (1965).

O novo presidente, Paulo Pires, iniciou a construção do Parque Aquático, continuada pelo seu sucessor, Ermírio Leite, e concluída (1973) pelo presidente Maurício Almeida. Este parque aquático, trouxe lazer por mais de vinte anos para os abnegados sócios e seus familiares, que tanto se divertiram nas suas piscinas e usufruindo do serviço de bar ao lado das mesmas, especialmente nas manhãs de domingos e feriados.

Este significativo patrimônio de edificações, que foi iniciado por pouco mais de 20 sócios nos idos de 1915 e que chegou a ser integrado por mais 2 mil contribuintes no início dos anos 80, foi completamente demolido (caso do parque aquático) ou abandonado e sem condições de uso e quase irrecuperável (caso do ginásio) ou ainda tristemente depredado (boate cartola), em conseqüências de seguidas administrações desastrosas e irresponsáveis, promovendo esta catástrofe na história dos verdadeiros "raposeiros". Em 2003 o clube tinha cerca de 40 associados que contribuiam regularmente e que conviviam com a esperança de dias melhores para o Campinense Clube.

A volta por cima

A partir de 2006, com a inauguração do Estádio Renatão, e a consequente subida da Série C de 2008 para à Série B em 2009, o clube passa a viver dias de glórias, esperanças e conquistas para o futebol da Paraíba.
Sede Social Desde - A primeira sede do Campinense foi uma sede provisória, instalada nas dependências do Colégio Campinense. O crescimento da cidade, a sua transformação em um importante centro comercial e sua grande evolução social, permitiu que logo se construísse sua sede própria. Um verdadeiro palacete segundo os registro sociais da época. Situava-se ao lado do prédio onde funcionou a antiga Associação dos Moços Católicos e depois a Faculdade de Filosofia, fazendo esquina com a rua Afonso Campos. Este prédio infelizmente não existe mais. No início da década de trinta, com o constante crescimento do número de sócios, o espaço tornou-se insuficiente para abrigar tamanha quantidade de frequentadores. Iniciou-se a luta pela construção de outra Sede Social.  Nesta empreitada histórica destacou-se o nome do Sr. César Ribeiro, que  graças ao seu empenho e seu amor ao clube, a construção de um novo e amplo edifício logo seria iniciada (1933), em um terreno na Praça Coronel Antônio Pessoa, obra orçada em 100 contos de réis.O então prefeito da cidade e sócio do clube, Pereira Diniz, que mandara demolir o prédio da Cadeia Velha, situada na hoje Praça Clementino Procópio, doou todo o material resultante da derrubada daquele prédio para a construção da nova sede social. Com 43 contos de réis em dinheiro arrecadados inicialmente de doações dos sócios foi iniciada a edificação que seria inaugurada em 22 de Fevereiro de 1936, um sábado de Carnaval. Este histórico prédio ainda existe, embora muito modificado internamente pelos novos e sucessivos proprietários. Sua venda até hoje não é consenso entre muitos dos autênticos rubro-negros .

Nasceu aristocrata. Não por acaso, a CARTOLA foi escolhida como símbolo. Nos seus salões a sociedade vivia o progresso dos áureos tempos. A majestosa sede da Praça Antônio Pessoa era palco de eventos importantes, onde desfilavam atrações nacionais do universo artístico e político. Ser sócio do CAMPINENSE CLUBE era símbolo na época, de status e escalada social. E foi do quadro de sócios a origem da idéia de criação de um departamento de esportes para jovens adeptos, principalmente do futebol. Com o passar dos anos a resistência contra a participação do CAMPINENSE em competições oficiais cedia espaço para a determinação do Dr.Gilvan Barbosa em profissionalizar o Clube no final da década de 50. A CARTOLA e a BOLA.
Mistura maravilhosa, que aproximava os salões imponentes com os gramados de Zé Pinheiro. Dali em diante, pobres e ricos, associados em paixão, sofrimento e alegria, compartilhariam suas devoções as cores rubro-negras. Animal astuto, sagaz e tendo ave como prato preferido, a RAPOSA foi imediatamente escolhida como mascote do Time. As conquistas seguidas multiplicavam os adeptos. Títulos inéditos, marcas insuperáveis, ídolos inesquecíveis, transformavam paixão em amor infinito. Agora já de muitos, de milhares...


Fontes: Site do Campinense
Agora Esportes
Site Futebol do Nordeste
Fonte
Acervo: Jornalista Júlio César, publicado no “agora esportes”
Fonte das Informações: www.clicpersonal.com.br/campinenseclube.com.br/historia_sedes.shtml
Pesquisas realizadas por Sidney Barbosa da Silva
Página adicionada em 16 de Dezembro de 2008.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O Surgimentos de outros times de amadores em Campina Grande

POR: JOBEDIS MAGNO DE BRITO NEVES


A partir do primeiro racha, a população se apaixonou pelo novo esporte, possibilitando o surgimento de outros clubes,  que, em animadas disputas, passariam a encantar platéias nas tardes de domingo em nossa cidade”. Desnecessário é dizer a curiosidade que a todos dominava para ver aqueles respeitáveis senhores, grossos bigodes, calções abaixo dos joelhos, correndo atrás de uma bola de couro. Os homens vestidos a caráter: sobrecasaca, cartola e bengala, enquanto as mulheres trajavam ricas saias arrastando pelo chão, largos chapéus e um leque para afugentar o calor.

Assim, numa Campina Grande que crescia rapidamente. Fato é que em pouquíssimo tempo o futebol alcançou êxito entre os extratos menos favorecidos da população. O futebol transformava-se em lazer acessível e preferido dos meninos descalços da periferia. O gosto pelo novo esporte fez meninos e rapazes ocuparem lugares ermos e baldios para a sua prática. Foi justamente nos campos de pelada que o futebol ganhou organização e, por analogia, o nome de “Pelada”. Das peladas de Campina Grande os campos de futebol alastraram-se pela cidade e, sobretudo na periferia, foram surgindo clubes que, além da prática do futebol, promoviam bailes, piqueniques, excursões,  atividades estas que asseguravam também a participação de mulheres e crianças no âmbito da sociabilidade ativada pelo esporte.
Ocorreu a fundação do Campinense Clube, sem esportes, mas com atividades sociais. Em seguida, surgiu o Palmeiras,  o Comercial e o Palestra. Em 1916, surgiu o América Sport Club, fundado por Antônio Fernandes Bióca, Zacarias do Ó, Francisco Bezerra, Manoel Bandeira, Luiz Gomes, e outros. 

O prestigio do time americano atravessou as fronteiras do Estado e nos anos de 1917 a 1919, o clube já havia ganhado importância de melhor agremiação futebolística do interior paraibano. Alguns meses depois Bióca precisou ausentar-se da cidade deixando a bola com Venâncio Eloy, ao retornar no final de 1917, encontrou o esporte num estado de desinteresse em Campina Grande, mais uma vez coube a ele devolver os rumos da bola para a cidade.
Luiz Gomes da Silva, que se retirara do “América” fundou com Joaquim Elói, José Faustino Cavalcanti, Luiz Dalia e Severino Matias o “Humaitá Sport Club”, sendo José Faustino Cavalcanti o seu primeiro presidente. Acendeu-se então a rivalidade entre as duas agremiações. Até as damas e senhoritas da época, passaram a assistir as partidas entre os dois rivais, torcendo entusiasticamente.

Em 1917, a sociedade recreativa “Campinense Clube”, criando sua seção desportiva, concorreu brilhantemente para o engrandecimento do futebol de Campina Grande. Waldemar Candeias, Arnaldo Alburquerque, João Arruda, Zacarias Ribeiro, tem a prioridade da idéia.

Em seguida, surgiu o “Palmeira Sport Club”, sob a direção de Severino Lima de Oliveira,  que passou a se chamar Ipiranga; foram fundados também, o Comercial e o Palestra.

Na verdade a história da evolução do futebol  em nossa cidade, se confunde com a própria história do Município. Pouco tempo depois surge outro forte concorrente em 1925 nascia o Treze Futebol Clube.



                                                                         Pelestra                                                                 
                                                                        America