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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

GRANDE ATLETA E DESPORTISTA DO PASSADO - NEGO ROBERTO

POR: JOBEDIS MAGNO DE BRITO NEVES


Tímido na aparência, franzino, poucas palavras, forte nas ações, veio lá um belo dia de longínquas terras para morar e tentar um emprego em Campina Grande. Se estabeleceu junto com seus familiares na Comunidade da Rua São Joaquim no Bairro do São José na década de 40. Os membros de sua família tentava emprego na cidade a quem quisesse e tivesse coragem de enfrentar o "batente pesado", trabalho duro no ramo do algodão, afinal, Campina Grande no ciclo do algodão crescia a "olhos vistos".

Garra não faltava ao homenageado de hoje, o Paulo Roberto de Sousa que poucos ou quase ninguém conhecia pelo nome de batismo, mas que pelo apelido de "Nego Roberto" era logo reconhecido, pois carregou por longo tempo, time seu time "do coração” o Grêmio da Comunidade São Joaquim nos gramados locais, quando ainda existia o campo do Bacião, no leito seco do antigo Açude Novo, hoje Praça Evaldo Cruz.

Nego Roberto na sua juventude queria ser jogador de futebol profissional. Quando surgiu uma oportunidade no pequeno Paulistano. As dificuldades só aumentavam pois o clube passava por dificuldades financeiras, e o sonho de ser jogador ficava cada vez mais longe. Com muitas promessas não cumpridas no mundo do futebol, aos 24 anos começou a trabalhar como ajudante de sapateiro, consertando sapatos, sandália e bolas de futebol.

O Nego Roberto além de ser sapateiro era um festeiro nato, sempre promovia grandes festivais de memoráveis disputas de futebol de pelada de nossa cidade, onde seu reduto das competições era realmente no “Bacião”, um campo conhecido por todos da nossa cidade e região, de dimensões quase oficiais, que quem corresse 90 minutos sairia exaurido do campo, meio gramado e meio "careca", o Campo do Bacião do Grêmio do São José como era chamado. Tem alguns remanescentes desse tempo do time morando em nossa cidade.

Nesse campo "era sempre domingo de festas", sim, no plural, pois juntavam vários torcedorese o Nego Roberto sempre tinha uma surpresa e presepadas para mostrar na formação no primeiro quadro, pois nesse tempo havia também o segundo quadro, molecada nova da Comunidade da São Joaquim e pretendentes a vaga de aspirantes ao time principal. 


"Nego Roberto" montou também na comunidade onde era o líder uma escola de samba para desfilar nos antigos carnavais de nossa cidade, que levava o nome de “Unidos do Morro” , com sede na Rua São Joaquim. 

Apesar de ser presidente, ele também exercia o papel de técnico do time, pois em todas as partidas do segundo quadro ficava as margens do campo torcendo e orientando seus jogadores. 

Ele sonhava em ver o crescimento do futebol, o de lazer e prestava um trabalho social importante para sua comunidade da São Joaquim por meio do esporte, afastando muitas crianças, jovens e adolescentes do mundo das drogas por meio do esporte. 

No meio da rua antecedendo o carnaval tinha os ensaios da escola de samba, promovia-se, por iniciativa do “Nego Roberto”, todos os anos, o baile e a tão esperada festa de premiação da escola que disputavam a preferência dos craques que formavam nas fileiras da banda e do time.

Nos dias de jogos os jogadores seguiam a pé da Comunidade em Direção ao Campo do “Bacião”, entoando hino ao "clube" atravessando a pé até o campo depois, naquele tempo uma rua de casase streitas e empoeirada. Evidente que havia toda uma estrutura bem organizada em volta do presidente “Nego Roberto! com suas "vestimentas psicodélicas” nas grandes apresentações do time. 

Segundo boatos mas não é certeza o desaparecido atleta, o faz tudo da Comunidade partiu para o céu, acho que Deus queria um festeiro para promover algum festival de futebol e lembrou-se do “ Nego Roberto”. 

Se não for verdade de seu falecimento aproveito para mandar meu abraço de agradecimento de tudo que ele fez na sua comunidade.





















12 comentários:

Anônimo disse...

Jóbedis,

Mais uma justa homenagem!
" Nego Roberto" foi muito bem descrito em suas linhas. Figura folclórica que marcou época em Campina.
Marinaldo

Leo do Matutão disse...

Lembrei de Nego Roberto, acho que o último em pé é Tinda e não danda, ele uma eletro eletronica na Almirante Barroso em frente ao posto dallas, Jairo, acho que dos Correios atualmente e o negão Sabará!! Abraços

Hildeman disse...

Amigo Jobédis, já não mais lembrava do Nêgo Roberto, tanto anos heim, fui criado no São José, uma casa que fica em frente a porta da Igreja da Guia, os fundos da casa dava para um terrenão que ia até a Padaria de Eufrásio, cujo te rreno pertencia ao Sr.Brasileiro, visinho nosso, a lateral desse terreno ficava os fundos do rua São Joaquim, foi onde conheci dois velhos amigos ainda muitos novos, um foi o Roberto e outro foi Olé, hoje para nosso orguho, um bom Advogado aí em Campina Grande. Como vc diz em sua cronica acima, o Roberto era tudo isso mesmo, nunca nos decepcionou com as suas alegrias de suas festas, tudo que fazia, fazia com honestidade, sem precisar de enrrolar ninguém. Parabenizo-lhe por essa homenagem justa.

Wilson Dini (Wilson Cabeção) disse...

Belo texto. Brilhante como os artigos de Nelson Rodrigues. Imagina se você fosse um tricolor apaixonado escrevendo sobre Rivelino, Romerito e Conca. É uma pena se você é um flamenguista... de Wilson Diniz

Wilson Diniz

Jobedis Magno disse...

obrigado pelas palavras mas sou vascaino roxo

Anônimo disse...

Olá Jobão. só você mesmo para reelembrar desta lenda do futebol amador da nossa querida Campina Grande, e isto fez parte da nossa vida.

Abraço,

Chozão

Anônimo disse...

Jobão amigo meu irmão... Nego Roberto marcou época e merece esta homenagem, pois quem viveu momentos importantes é bom que ser lembrado, estando ou não estando mais aqui...na dúvida... eu fico no hoje, relembrando esse ontem.
abs, Jonas didi

Thomas Bruno Oliveira disse...

Que belo registro. Estou fazendo o mestrado em História e minha pesquisa é exatamente sobre a Rua São Joaquim. Nego Roberto é uma figura representativa. Quem souber de alguém que lá morou e puder ajudar nosso trabalho, pode enviar e-mail para thomasbruno84@gmail.com ou então me ligar 8818.6682 / 9942.6247. O trabalho de Jobedis (que pretendo conhecer pessoalmente) é magnífico.

Anônimo disse...

Oi, amigo Jobedis, uma excelente Homenagem ao Nego Roberto, mais antes de existir o Bacião - Açude Novo , ao lado da São Joaquim existia um campo de futebol do Grêmio criado pelo Nego Roberto - Sapateiro do povo da nossa região, eu morava na Melo Leitão os fundos da minha casa fica pra São Joaquim, comunidade São Joaquim era muito respeitava muito o Nego Roberto., fiquei muito feliz com mais uma homenagem ao Grande Peladeiro nego Roberto., que toda segunda feira era feriado na comunidade em Homenagem aos Sapateiros era um dia com muita festa - Tome Cachaça velha conhecida como brejeira.
Palmas - tocantins.

Paulinho do Real Campina.

Jobedis Magno disse...

Amigo Thomas Bruno ja faz tempo que estou fazendo a historia do Bairro do São José e tambem falo da Rua São Joaquim, sua abertura e extinção e tambem seu estranho apelido de " RUA DO PEIDO ARROCHADO""

Wilson Diniz disse...

Para: jobedis Magno Brito
Ainda bem meu caro amigo. Se eu fosse deputado ou assessor de governo eu entraria com um projeto de Lei para mudar as cores da Bandeira da Paraíba e tirar o Nego, que significa que, no Estado, a torcida do meu querido Fluminense não enche um Van. Aí só têm religiosos talibã.
O Walter Oaquim,ex-vice-presidente do Flamengo, meu amigo e intelectual brizolista é libanês, o Michel Assef é outro. A sorte dos tricolores, é que a Patrícia Amorim é judia e foi presidenta a serviço de seu marido, um judeu tricolor que faliu o caixa do clube por erros de administração. Ela como mulher segregada de um judeu cumpriu as determinações de seu marido. Ainda bem...
Eu pretendo até o final do ano marcar uma reunião com os secretários de Educação de João Pessoa, com o Romero em Campina Grande e com o chefe de gabinete da Casa Civil do Ricardo Coutinho para falar sobre investimentos na educação do ensino básico e em tecnologias aplicadas ao setor educacional.
Pretendo pedir a eles um projeto de lei suplementar para acabar com o Campinense.
De Wilson Diniz, economista, analista político do O Dia e assessor do vice-governador. abs

Wilson Diniz

josinaldo (naldinho) disse...

Parabens Jobedis por mais uma matéria que nos remete ao passado como se fosse hoje.
Muitas vezes fui ao BACIÃO ver jogos do Gremio e tambem já batí pelada por lá naquela época, chegando até a jogar contra o Gremio, pelo segundo quadro do Atletico da prata.
Forte abraço a todos.

Josinaldo(Naldinho)

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