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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O primeiro “racha” de bola oficial e a proibição

Segundo o historiador Mário Vinícius Carneiro, no livro GALO 80 ANOS, foi realizado na Rua Felizardo Leite, atual Rua João Pessoa em frente a onde fica hoje o banco HSBC no entroncamento das atuais ruas João Suassuna e João Pessoa, no centro da cidade. Participaram deste racha Bióca e um grupo de amigos entre eles estavam Tertuliano Souto, Severino Almeida (Cabeçada), Venâncio e José Eloy entre outros jovens da sociedade campinense.


Os nossos jovens passaram a ouvir nomes e regras diferentes, que, rapi-damente, foram assimilando: “goal keeper” (goleiro) que virou gortipa; “center-alf” (centromédio) que se transformou em centerarfo; “center-forward (centro-avante) que passou a ser centerfor; “off-side” (impedi-mento) que todos falavam fisaide. No início jogavam descalços ou com botinas comuns, sem uniforme (fardamento) e o material apropriado. Quando chegaram os primeiros uniformes, eram pesados, com camisas de mangas compridas, calções enormes até os joelhos, gorros e caneleiras. As joelheiras e cotoveleiras para os goleiros vieram muito tempo depois.


A Proibição


Curiosidades - Este “racha” foi interrompido pelo Delegado da época de nome Joaquim Henrique, que com uma patrulha proibiu o jogo e furou a bola com um sabre, alegando que não admitia ninguém nu pelo meio da rua (os rapazes usavam um calção um pouco acima dos joelhos). Depois deste episódio Bióca foi em João Pessoa falar com o comandante da policia e narrou o fato ao mesmo. Bióca levou consigo a bola rasgada. O comandante era um homem distinto e esclarecido, não só pediu desculpas em nome da policia como fez uma carta ao delegado de Campina Grande informando que o novo esporte era permitido em todo território nacional, era um novo esporte ainda mais, determinou que fosse descontado no soldo do delegado o valor da bola que fora rasgada. Bióca de posse do dinheiro comprou uma nova bola e regressou para a cidade.


Fonte:
Acervo: Jornalista Júlio César, publicado no “Agora Esportes”
Livro dos 80 anos do Treze do Prof. Mario Venicios

Um comentário:

Jobinho Vidal disse...

Parabéns Painho... pelo belíssimo trabalho. Resgatando a História do Futebol Campinense.

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