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quarta-feira, 11 de abril de 2012

LEMBRANÇAS DA NOSSA JUVENTUDE - CUBA LIBRE

POR: JOBEDIS MAGNO DE BRITO NEVES

A temática deste Museu  sempre ficou restrita ao esporte de nossa cidade. Raramente postamos imagens que não sejam sobre o esporte ou de desportistas . Mas isto não é uma regra fixa. Aliás, não há regra nenhuma. E como nunca tivemos nenhuma regra mesmo, não iremos falar de esporte hoje. Falaremos em outras oportunidades. Aliás, já falamos dos velhos carnavais campinenses, de figuras folcloricas e  algumas vezes de locais.

Agora vamos nos deleitar com a abertura do baú das recordações E vamos abrir um pouco o leque. Mas se os leitores me permitem vamos brincar um pouco. Hoje fugirei um pouco da proposta do Museu  e  sendo assim estou falando de uma coisa que acredito que muitos de antigos esportivas gostavam muito de tomar a “Cuba Libre”.

Por volta dos quinze ou dezesseis anos de idade, era quando o rapaz ou a moça começava a freqüentar os “Asustados” ou as tertúlias, que rolavam no antigo Campinense Clube. Ora indo-se a bailes é natural o primeiro contato com bebidas.

O primeiro gole de cerveja na vida ninguém esquece. Aquela coisa amarga descendo pela garganta, e a pessoa fazendo cara de quem está gostando.
O que não se faz para bancar o adulto. Fingir faz parte da coisa. É o ingresso para o mundo dos adultos.

Aqui começa o longo aprendizado da hipocrisia. Depois é natural na espécie humana o contínuo aperfeiçoamento desta arte. No entanto o primeiro gole de cuba-libre, não parecia ser tão desagradável assim. Talvez pelo acentuado da coca cola disfarçando o sabor acre do rum. Tudo bem, no dia seguinte, geralmente, batia uma tremenda dor no fígado e na cabeça.

Com o passar dos anos alguns vão refinando o paladar para bebidas. Ou até abominando as mesmas. Eu, particularmente bebi muita. E há uns 23 anos que não tomo uma Cuba Libre. Mas ainda lembro-me da primeira vez que bebi. Saudade. Politicamente incorreta, mas mesmo assim saudade.

E aí você  lembra do seu primeiro gole? Onde aconteceu? No Campinense, No Gresse, Caçadores, Ipiranga, Paulistano, nos bregas, nos assustados? Na Boate skina?, Preto e Branco? Boate Cartola? Skisito? Bocão? Uba Ula de Doido Bala? No bar Cristal, na Florida? No Miura?, no Chop do Alemão? E o dia seguinte como foi? Conte aqui sua historia de iniciação etílica.

Hoje, existem pílulas milagrosas, mas eu ainda sou do tempo das grandes ressacas. As bebedeiras de antigamente eram mais dignas, porque você as tomava sabendo que no dia seguinte estaria no inferno. Além de saúde era preciso coragem.
As novas gerações não conhecem ressaca, o que talvez explique a falência dos velhos valores. A ressaca era a prova de que a retribuição divina existe e que nenhum prazer ficará sem castigo.
Cada porre era um desafio ao céu e às suas feras. E elas vinham: Náusea, Azia, Dor de Cabeça, Dúvidas Existenciais – golfadas.
Hoje, as bebedeiras não têm a mesma grandeza. São inconseqüentes, literalmente. Não é que eu fosse um bêbado, mas me lembro de todos os sábados de minha adolescência como uma luta desigual entre a cuba-libre e o meu instinto de autopreservação.
 A cuba-libre ganhava sempre. Já dos domingos me lembro de muito pouco, salvo a tontura e o desejo de morte. Jurava que nunca mais ia beber, mas, antes dos trinta, “nunca mais” dura pouco. Ou então o próximo sábado custava tanto a chegar que parecia mesmo uma eternidade.
Não sei o que a cuba-libre fez com meu organismo, mas até hoje quando vejo uma garrafa de rum os dedos do meu pé encolhem.
Tentava-se de tudo para evitar a ressaca. Eu preferia um Alka-Seltzer ou Engov antes de dormir. Mas no estado em que chegava nem sempre conseguia completar a operação. Às vezes dissolvia as Alka-Seltzer num copo de água, engolia o e ia borbulhando para a cama, quando encontrava a cama.
Assim era, e hoje mergulhado nas minhas memórias:
Só tristeza , nenhuma esperança, tudo que devia acontecer está acontecendo . . . . .
Algumas fotos de amigos e o famoso litro de Run e coca para a CUBA LIBRE:
nesta foo na AABB vemos os desportistas Adolfo Salgues, Marcos Meira e Paulo Feitosa junto a amigas  e namoradas



   

 

9 comentários:

Ebenézer Luna Gomes da Costa disse...

Cuba libre da Florida e Riviera era imbatível, como também o Dreher - Dreher - Desce macio e reanima; risos grande lembrança Jobedis Magno

Levi Almeida disse...

Sou desse tempo sentado na calçada ou no terraço de casa amigos de copo e de crush ouvindo o LP de Toquinho e Vinicius de Moraes,Milton(bituca) Nascimento,Bethania,Caetano Veloso,Chico B,Gil,entre tantos outros o mestres da bossa nova"olha que coisa mais linda mais cheia de graça "Tom Jobim" conhecido internacionalmente...hoje que lastima..só nós resta...ai se eu te pego......só as cachorras......e puta que pariu..vai lagraia vai ...que lembrança boa da CUBA LIBRE da coragem de LUTAR e lembrar dessa nossa época de ouro. Forte Abraço Mister Jobedis Magno.

Anônimo disse...

Eita amigo Jobão, que saudades!!!

Uma vez sentado em bar aqui em Fortaleza, com saudades do amigos e familiares, chamei o garçom e pedí mais uma dose de Cuba Libre, ele vendo que eu já ia acima das cinco doses...perguntou: porque vc bebe tanto? respondí...ORA, PORQUE EU GOSTO...

Aproveitando, perguntem ao amigo Fernando cangurú qual a dose de mais forte na mesa...

Jonas didi

Noro Pedrosa disse...

DEPOIS VINHA A RESSACA JUNTO COM UMA DIARRÉIA PRETA DA PORRA.

ABÇS E BOAS LEMBRANÇAS E HOJE NÃO POSSO NWEM VER QUE ME DÁ UM ARREPIO SEGUIDO DE NÁUSEAS. KAKAKAKA.....

NORO PEDROSA

Ronaldo Soares (cantor) disse...

Jobedis, você agora me levou até o saudoso amigo e colega Crisaldo, o famoso "Galinha do Piston." Lembra dele?
Ele tomava CUBA LIBRE pra dormir, e acordava pra tomar!!!

Adauto Barros disse...

Pois é amigo, lembra muita coisa, esse velho Cuba Libre, soube o efeito, cometí muita presepada, mais foram bons tempos, Cuba Libre, não faltava nas festas. Boa lembrança.

João Mario disse...

De fato Jóbedis, Cuba Libre não tinha "parêa", como diz Biu do Violão. As vezes agente terminava o litro só com gelo, pois os trocados para outro litro de rum "já era"!
No carnaval compramos um caixa de rum só para beber pouco antes de ir para o clube, durante os 04 dias! Tomamos a caixa numa tarde, no famoso Ed. Prata, no apto. de Jóca Pacaré e Buba !
Engraçado é que não me lembro quando foi que tomei uma dose de Run, aliás não quero nem ver !
Mas que a primeira dose era : "como disse um poeta" : Um copo dágua bebido no deserto ! Era a mais pura verdade !

Anônimo disse...

CUBA LIBRE
Foi nos idos anos 60 e 70 que me iniciei nas doses homéricas do Montilla. Levado aos “assustados” promovidos pelas “galegas” de D. Esmeralda, tendo como chamariz as belas donzelas da liberdade e região, ia dançar e degustar muitas “Cuba Libre”...embora “advertido” para ir devagar nas doses, no dia seguinte era uma ressaca de “matar”...hoje, essa nova geração “estupraram” a Cuba Libre, colocam o Rum dentro de uma garrafa pet de Coca-Cola e tomam em copos descartáveis coisas inimagináveis em nosso tempo. Não é Nego Lôxa...
Jobedis, parabéns pela “gostosa” lembrança!
Vadinho

carlinhos disse...

Depois de trinta e tantos anos resolvi tomar uma dose de "CUBRA LIBRE",daquela caprichada como dizia Humberto de Campos, não me sentí bem, mais matei a saudade. Hoje a nova geração só bebe RED BULL,um energético com gosto de vermífugo. Jobedis, não esquece do pingado da flórida, cada pires era uma lapada. abraço

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