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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A História do Futebol de Salão em Campina Grande (3 ª Parte)

POR:  JOBEDIS MAGNO DE BRITO NEVES


No meio para o final da década de 60 o Futebol de Salão tinha alcançando grande notoriedade, o novo esporte foi introduzido nos bairros, colégios e em todos os Clubes Sociais e Esportivos e até nos bancos da Cidade. Houve a construção mais dois ginásios coberto para o esporte de Campina Grande: Os ginásios do Clube do Trabalhador e o Cesar Ribeiro do Campinense Clube.  Os colégios também começaram a participar, sendo que o esporte foi difundido entre os colégios, formando-se competições escolares.

Campina Grande era diferente em dia de futebol de salão. Quando havia jogo. Tamanha a rivalidade e a emoção que o clássico despertava nas torcidas. Os ginásios da AABB e Clube do Trabalhador eram pequenos demais para abrigar tanta paixão de uma só vez. Faltavam lugares. Foi nas quadras viu nascer grandes talentos neste esporte. Abaixo fotos dos times de Base do o Palmeirinha e do Trezinho.

Na foto: Antonio Fernando Soares, Roberto Pai das Negas, Sobral e Toinlidio,
Agachados: Marcilio Soares, Hermininho e Aldanir
Na Foto vemos em pé: Pai Vei, Mago Luciano (falecido), Som, Geraldo Leal, Otto Salgues e Cho.Agachados: Marinaldo, Tadeu Feitoza, Chiquinho Alegria e Madruga (falecido).

O berço de talentos rendeu a Campina Grande o apelido de “Celeiro de Craques”. Muitos deixaram a cidade para brilhar em outras profissões. Rivais dentro nas quadras no passado, hoje dirigentes, ex-jogadores e torcedores de Treze, Campinense, Estudantes, Caçadores, Clube Medico,  AABB, Gresse, Grafica União, Bolonha, GM, BNB, Nautico de Pocinhos compartilham um mesmo sentimento: a saudade.

Me emociono ainda hoje quando falam dos antigos jogos de futebol de salão de Campina Grande do passado.  Em dia de clássico. Se modificava totalmente. Um jogo entre Treze e Campinense  era como o Rio em dia de Vasco x Flamengo. A rivalidade era muito grande e ninguém queria perder. Por isso, as equipes caprichavam ao máximo. Nos ginásios da cidade sempre faltava lugar. A torcida se organizava e fazia faixas. Era muito bonito.

Para alguns jogadores das antigas, as recordações são muitas, mais boas que ruins. Tínhamos excelentes jogadores e fazíamos boas participações nas competições. Vivemos uma época áurea no futsal. O futebol de salão de Campina Grande era uma coisa linda e prazerosa, imagine o ginasio da AABB lotado de alunos torcendo por seu time ou seu colégio ou sua escola.

Foi uma época incrível, cheia de grandes times e grandes craques. Se você perguntar para os antigos torcedores qual foi o melhor time da história do futebol de salão de Campina Grande eles dirão que foram várias equipes... Isso sem falar nos grandes jogadores. Para quem viu o futebol de salão disputado com espírito eminente amador, sem equipamento de alta tecnologia na preparação dos atletas, com tênis inapropriados, com bola extremamente pesada, e vê os dias atuais do futsal, dispondo de arenas, tecnologia de ponta, atletas e comissão técnica dedicados exclusiva e profissionalmente a essa atividade, será gratificante ver uma obra que traz para os dias atuais, a história de gerações que possibilitaram ao salonismo Campinense atingirem o desenvolvimento hoje existente.



  Grandes craques da Geração 70

 Craques como os ágeis goleiros Zacarias, o Mago Luciano, Expedito, Carlindo, Joba, Chó, Ricardo,  o Nego Gilson que driblava e ria das fintas dadas no adversário, passando a bola sobre as pernas do seu marcador muitas vezes provocando-lhes a ira; o inigualável Gioto, que chutava a bola de bico, em meia altura, e ela saía retinha, sem subir e que  nos enchia os olhos com seu maravilhoso futebol. O amigo aqui (Jobão) que dizem que era um bom zagueiro e se destacou pela raça e vigor físico, aliás,  uma das características dos grandes centrais. A categoria de um Valdir Ventinha outro amigo e companheiro que fazia a diferença. Tive a felicidade de jogar ao seu lado por diversas vezes, inclusive fomos campeões juntos jogando pelo Estadual da Prata nas Olimpíadas e pelo Campinense Clube. O Tonho Lídio um central como poucos. Embora de pequena estatura, na quadra se transformava e virava um gigante. O Tadeu Bundinha, brioso e de uma técnica apurada. Embora pequeno e não mandava recado e “encarava” todos. Rápido e abusado como todo baixinho apesar de gordinho. O Paulinho da Caranguejo apesar dos problemas nos joelhos também  era um excelente jogador de futebol  de salão. O Simonal, Ademir, Bráulio Maia, Pedrinho Brito e Carlinhos (Nego Locha) outros grandes zagueiros que entravam duro mais eram leais  e jogavam muita bola. O gordinho Roberto Agra  que apesar de ser gordinho jogava muita bola. A grande dupla Antonio Carlos Sobral (raçudo) e Marcilio , Paulo Cesar (PC)  e seus irmãos Mario e Hugo,  jogando na quadra, eram  uns craques. O Gil Silva, que foi talentoso. O Wagner nosso Guinê, com seu peteleco mortal; o Geraldo Leal, imprevisível e de chute não muito forte; o rápido Carlinhos Macaco; Os Paulinhos (Virgulino e Figueiredo), entre outros. Bem depois, vieram alguns  bons jogadores, como Ivanildo e o grande jogador Larry  (grandes craques no salão).

Foi uma época incrível, cheia de grandes craques. Tive o prazer de jogar em todos os grandes times da cidade ao lado de grandes atletas. No  Treze que já citei,tinha excelentes jogadores: Hernani, Leucio,  Aloísio, Betinho Mota, Carlindo e  Toinho  (jogador que veio estudar em Campina e era natalense), o Natal e muitos outros. No  Estudantes  joguei com o Zacarias Ribeiro, Paulinho Virgulino, Ademir  e Jorge, nos Caçadores onde fomos Campões invicto em 1971 que tinha Ademildo, Jorge, Gil Silva e Antonio Carlos Sobral.  No Campinense era uma constelação: Giotto, Nego Gilson, Marcilio Soares, Geraldo Leal, Mago Luciano, Carlindo, Cho, Valdir Tomé, Wagner,  entre outros etc. No AABB joguei com o grande Larry (falecido precocemente, Genésio Soares e o goleiro Ricardo. Muita gente boa, com certeza. Jogar com grandes jogadores faz você crescer e aprender muito. São épocas bem diferentes. Naquele tempo todos os grandes jogadores jogavam nos  grandes times da cidade e, portanto havia muitas equipes com jogadores muito decisivos. O Campinense na minha passagem começava a se firmar e tinha grandes  jogadores quase todos os seus atletas tinham passagem pela seleção paraibana e vários já tinham sido  campeões pelos seus colégiso nos jogos escolares da cidade e foi quase imbatível por quatro  anos.

Mas tinha também jogadores que não tinha grandes habilidades técnicas. Jogavam o feijão com arroz muito bem temperado. Jogavam para o time. Tinham uma disposição e garra fora do padrão normal. Atuavam em várias “posições”, algumas vezes até no gol. No geral eram sempre reconhecidos como uns jogadores lutadores, não desistiam nunca, voluntariosos, em algumas vezes arrepiavam até demais, como era praxe.

Têm alguns que já não está mais entre nós, partiu para uma melhor, mas com toda certeza deixou para quem os conheceram lições importantes. Estes jogadores deixaram o futebol de salão melhor, pena que as gerações seguintes conseguiram fazer do nosso futebol de salão essa coisa que aí está. Fazer o quê?

 Estes citados jogadores têm seu lugar, com muito espaço, na história do futebol de salão de Campina Grande. Hoje, apenas saudades, graças a Deus, são saudades boas. Alguns destes jogadores deixaram suas marcas na comunidade esportiva campinense. Serão lembrando sempre, por

Lembrar de todos e não cometer o equivoca de esquecer-se de inúmeros outros em qualquer situação já é algo incrível, imagine quando se trata do já Jubileu de ouro.   É verdade que estes citados dirigentes/ técnicos foram importantíssima esta pratica para nossa cidade. Saibam que mais do que ser os pioneiros, mantiveram algo tão nobre quanto o futebol de salão que também exigia firmeza, muita dedicação.

Assim foi tantos outros dirigentes, que seria impossível citar todos os nomes. Lembrar de todos e não cometer o equivoca e de esquecer-se de inúmeros outros em qualquer situação já é algo incrível, imagine quando se trata de mais de 50 anos de história.

Agora, depois desses anos todos, são apenas lembranças de tempos que ficaram para trás muito depressa. Os citados jogadores fazem parte da minha história, assim como eu das suas. Na lembrança dos velhos jogadores que foram desfilando, um a um, os homenageados, alguns vivos, outros apenas nas lembranças, todos no grande cordão que, em alguns momentos mágicos, junta gerações em torno de um tema em comum. O esporte unia a comunidade campinense.


Time dos Sonhos

È muito complicado escolher um time dos sonhos. Foi tantos craques que fica difícil apontar apenas cinco. Vou falar alguns nomes de ex-jogadores que  vi jogar e joguei a favor ou  contra eles e  que me impressionaram muito.

Para quem não sabe, o futebol de salão de Campina Grande era produtor de grandes craques de futebol. Jogadores como Simplício, Pibo, Sandoval, Gil Silva, Som, Dão, Agra, entre outros atletas de primeira linha do futebol paraibano como também na seleção paraibana de futebol de salão que disputavam os jogos Universitários como: Janio, Toinho Buraco, Betinho, Patrício Leal, Alexandre Miranda, João Mario e Milton (a seleção Paraibana foi campeão do Norte Nordeste com atletas de futebol de salão Campina Grande conforme foto abaixo. Depois foram convocados os atletas Jobedis, Nego Gilson e  Giotto.

GRANDES TREINADORES, DIRIGENTES E GRANDES JUÍZES DE FUTEBOL DE SALÃO

.No túnel do tempo, ao falar desta modalidade, todos sempre se lembrarão de clubes e os comandantes: O Estudante era comandado pôr Sebastião Vieira, que durante a década de 60 comandava e dava ordem no time. Acho que quando o jogador acredita na proposta de jogo do treinador ele é sempre importante. Não poderia deixar de falar no “Pai Velho” que me fez passar de “peladeiro” para um atleta de verdade, com sua seriedade, inteligência e dedicação. O Miro Herculano o “Miro Chapeado”  também foi muito importante, pois com ele cheguei à seleção e foi o primeiro que me colocou na posição de central (até então eu só jogava de ala). O Lula Cabral também foi outro grande (não só no tamanho), mas pela sua inteligência e tranqüilidade nos momentos decisivos. Outros baluartes como foram:  o cronista esportivo Alberto de Queiroz, seu Enedino, seu Nezin, o popular jogador/dirigente Natal, Aidirio Nogueira, Brilhante, o professor Chagas entre outros, faziam tudo para que cada partida fosse um verdadeiro espetáculo.

Outros abnegados

Além de todos aqueles que passaram pelo futebol de salão como jogadores, dirigentes e juízes também existiram vários jornalistas que deram uma contrbuição muito importante ao esporte da bola pesada de nosso cidade , entre os eles: Humberto de Campos, Alberto de Queiroz, Joselito Lucena, Francisco de Assis, Edmilson Antonio entre outros, profissionais da comunicação que muito contribuíram para o crescimento e desenvolvimento do esporte da bola pesada na cidade.

Estes profissionais de comunicação foram importantíssimos para o futebol de salão. Graças a eles o nosso esporte cresceu se fortificou e tornou-se um dos mais importantes do nosso Estado. Assim, nada mais justo que o reconhecimento da nossa parte ao relatar aos campinenses tudo o que eles fizeram pelo nosso esporte da bola pesada.

Grandes juízes, Luciano Costa, João da Penha, Luizinho, Chagas entre outros. Assim foi tantos outros dirigentes, que seria impossível citar todos os nomes. Lembrar de todos e não cometer o equivoca e de esquecer- de inúmeros outros em qualquer situação já é algo incrível, imagine quando se trata de mais de 50 anos de história.


GRANDES TIMES DO FUTEBOL DE SALÃO DE CAMPINA GRANDE da década de 70


Paulo Vigulino,Ademir (falecido) Zacarias Ribeiro, Jobedis. Agachados  Jorge (falecido), Humberto de Campose (falecido) e  Gil Silva



9 comentários:

Antonio Carlos Albuquerqu​e (CARLINHO) disse...

Caro Jobédis: Cheguei a vestir a camisa do Estudantes de futebol de salão por duas vezes, minha intensão era a pelada nos domingos no Textil. Fiz um gool em Cabeção goleiro, morava no São Jose e jogava no Gremio de Futebol de Salão, quem jogava também era Lulu da Zimbira. Não esquecer também que o segundo quadro do Estudantes passou 59 partidas invictas, a foto do time eu tenho como conseguir. Toinho, Lambreta, Curura, Romero Agra e Carlinhos. Noba e Gil, Paulinho Virgolino, Antonio Lidio, Jorge e Betinho Malavelha.
abraços

Jonas didi disse...

Amigo Jobedis Magno...não há presente maior que possa superar a emoção ao rever tudo isto!!! forte abraço, Jonas didi

Antonio Carlos L Sobral disse...

O Olá, Meu zagueiro do caçadores...

vou ver se tenho foto do caçadores futebol de salão que agente ganhamos invictos

Jobedis Magno disse...

Amigo Sobral que prazer falar contigo amigo, olha infelizmente não tinha foto dos Caçadores para postar, mas mande que postarei com prazer pois faz parte da nossa historia. Tinhamos de acordar as 4 da matina tomar leite no curral de na fazenda de seus familiares perto dos Caçadores e treinar com afinco na AABB mas valeu a pena atropelamos todos e ganhamos invicto é um grande prazer voltar a falar contigo
Grande abraços grande e em dezembro nos encontraremos

Jobedis Magno

Sergio Pugliese disse...

Olá, amigos!

Foi maravilhoso reunir essas lendas do salão do resturante o Espetão antigo Bar do Boião no bairro da Prata. Foi impressionante como a conversa fluiu e todos voltaram ao tempo em que eram temidos e respeitados como verdadeiras muralhas, sobraram gargalhadas e histórias saudosas de uma época em que tudo era mais romântico.
AS MURALHAS DO SALÃO

O ala Gioto driblava, dois, três e chutou seco no canto, uma pintura! Tratado como lenda, o craque sabia que seu tirambaço tinha endereço certo. Os torcedores, inquietos, preparavam-se para comemorar o título, Mago Luciano Zacarias, Expedito Chó, Mozart, Garrincha , considerados até hoje os maiores goleiros de futebol de salão de todos os tempos,O grande Mozart incorporava o homem-elástico e, num voo espetacular, evitava o gol com a ponta dos dedos. Milagre! O AABB tremia! A sequência de belas jogadas não cessava com tantas feras em quadra. Na época, o Estudante ganhava tudo com Sebastião, Pibo, Garrincha, João Mario, Hugo Bala, Erção entre outros. O Campinense não ficava atrás Tom, Toinho Buraco, Cil, Alexandre , Marcilio Soares abusavam do talento
Enviado por Sergio Pugliese -

João Roberto das Neves Farias disse...

Olá JOBEDIS Magno,

Me enviaram o link deste blog e ao acessá-lo vieram boas lembraças e recordações do futebol de pelada e do futebol de salão de Campina Grande-PB. Não joguei com muitos de vocês, mas, desde a formação do time do 11 de Outubro, Campinense, Caçadores, etc, tive o privilégio de vê-los em ação como: Você (Jobedis), Carlindo, Marcílio, Gilson, Gioto, Wagner, Sobral, Neto, Tadeu, Roberto Hugo, Paulo César, Mário, Waldir, etc...
Abraço,
19 de dezembro de 2011
JOÃO ROBERTO
(joaoaroberto@uol.com.br)

Anônimo disse...

Prezaso Jobedis.

Acompanho com muito carinho o seu blog.
Agora, te peço encarecidamente, nas suas próximas colunas, fale sobre dois jogadores que marcaram época em Campina Grande. Falo da dupla, que vi jogar como poucos. Toinho e Alexandre. Não pode falar de um sem falar do outro. Esta dupla realmente foi memorável.

Um grande abraço.

Hermano G. Pimentel (Manoca)

Anônimo disse...

Jobedis, o goleiro do time dos Caçadores de 1975, é Estevam meu irmão. Bom rever esta foto. Os irmãos Hugo, Mário e Paulo Cesar jogavam muito.

Augusta Vilar

Paulo Elísio disse...

Jobedis, é uma lembrança muito boa ver todas essas fotos. Marcilio me ligou com Honorio e com certeza vou querer participar do próximo encontro. Sinto falta de ver alguns amigos do volei como Wagner, Cocada, Robertão, Kabel,...,. A tradicional rivalidade do 11 de Outubro com o Estadual da prata em todos os esportes nas Olimpidas Colegiais tem um lugar importante nas minhas memórias. E para terminar lembro muito de todos os times de futebol de salão que treinavam no SENAI, onde moravamos. Foi lá que surgiu o time do Palmeiras com Zacarias, Tonho Lidio e Aldanir, Marcilio e Antonio Carlos Sobral, e depois todos se transferiram para o Campinense que junto com o time dos Estudantes eram os papas do futsal.

Vou acompanhar as notícias do blog, com muito prazer daqui de Vitória -ES.

Um abraço de,
Paulo Elísio

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