A historia do desportista Vamberto Pinto Rocha teve inicio na
década de 70 com sua vinda para o bairro do São José. O popular Vamberto chegou juntamente com esposa e irmão João Pinto (hoje grande dentista) para
assumir o comando do Bar localizado em frente ao Cine São José e famoso BAR CRISTAL.
Vamberto então
desconhecido por muitos, sempre sorridente e gracioso para quem era amigo e com
cara fechada para aqueles que não se comportavam como deveriam em seu estabelecimento ou
não pagavam seus penduras, alguns tiveram o desprazer de ver seu nome na
galeria do famoso “quadro dos Velhacos”, outros ficaram em "segunda época". e muitos passaram por "média" pois honraram seus penduras.
O bar era freqüentado pelos mais variados tipos – funcionários públicos,
professores, médicos, advogados, jornalistas, estudantes e também por uma
clientela vinda do Cine São José que ficava localizado em frente ao Bar.
Todos, de uma forma, se integravam ao espírito que marcou o Bar
Cristal, a universalidade cultural e a pluralidade social de seus freqüentadores.
A freguesia era muito boa e o ambiente agradável. Por sua habilidade e bom
atendimento a sua clientela cresceu e com isso seu carisma com as pessoas, também
seu jeitão simples e gracioso foi fácil aumentar sua freguesia, sempre jogando
palitinhos, bebericando e jogando conversa fora pra passar o tempo naquele
ambiente amigável e aos finais de semana aquelas grandes cervejadas.
O Bar Crista se tornou um lugar especial que se tornou freqüentado
só por amigos. Fregueses antigos e uma gama
de pessoas do mais alto gabarito intelectual mais todos na maior simplicidade,
pois foi assim que Vamberto sempre desejou que todos fossem fieis em seu Bar.
O Vamberto cresceu e expandiu suas atividades. Mas o forte mesmo
era as cervejadas e os tira-gostos. É lá servia: peixe frito, picado de porco,
queijo assado, bode entre outras iguarias. Ambiente agradável, com a
cordialidade de seu proprietário, era freqüentado pela moçada. Não era espaçoso, mas proporcionava conforto e segurança, mas não deixava de ser rústico.
Na década
de 70, quando da administração do prefeito Luiz Mota Filho, na inauguração do
asfalto daAvenida Lino Gomes, que viveu, neste dia uma enorme freqüência de
clientes querendo ver uma disputa de uma corrida de rua entre dois folclóricos
moradores do bairro: o Fuba e o Zé Balbino
No Bar Cristal de Wamberto Pinto Rocha e na “Lanchonete Vitória
de seu Feliciano Vidal, na rua principal, reunia-se jovens da classe média para
bater papo e saborear as cervejas gelada e os tira-gostos diversos, enquanto
chegava a hora de curtir o resto da noite nas pistas de danças das Boates
“coisa de cidade grande”, que começou a mudar o comportamento da juventude,
acostumada que era das festas dos clubes sociais da AABB e Paulistano do
Bairro.
Durante as décadas de sessenta e setenta era bom ver aquela
gente toda, barulhenta e alegre, se agitando pelas arquibancadas e nos campos de pelada de Campina Grande e
nas cidades da Paraiba. Era uma torcida única e comandada por fiéis fanáticos:
Nezuca, Marquinho Katita, Machado, Firmino, Epitácio e Neto Soares, Uila
Gaguinho, Beto Ventão, entre outros.
Bar Cristal, a marca registrada do bairro
Era o local preferido pelos amantes de um bom e necessário
drinque, para acalmar os espíritos. Ali, se reunia à nata da galera do bairro e
de todos aqueles que, homens de espírito, sentiam a alegria de uma conversa,
mesmo sem a necessidade de uma cerveja ou uma dose de cachaça ou uísque.
Existia tempo para todas as conversas do mundo dos nossos horizontes, naquela
época, inatingíveis. Era um tempo sem angústia, sem medo e, principalmente, sem
pressa.
O Bar Cristal teve a certo ponto umavida longa, funcionando por
quase 25 anos, servindo à bairro e a galera exigente. Os irmãos Vamberto e João
Pinto Rochaeram simpáticos, atenciosos e amáveis, porém Vamberto, por ser o
dono eram mais extrovertido, era a figura principal.
Delicado, simpático, paciente, de grande amabilidade e cara bonita, até quando
‘‘penduravam’’ e não pagavam uma despesa. Nunca o vi de cara feia, facilitando
em tudo a vida da freguesia. Havia de tudo no “Bar Cristal e bebia-se de tudo.
Os “metidos a ricos”pediam whisky estrangeiro de “ Nego Dê” e a galera tomava
rum com coca cola, conhaque ou cachaça. Mas a preferência era pela cerveja.
TIROTEIO NO BAR CRISTAL
EM JUNHO DE 1975 HOUVE UM DESENTENDIMENTO DE VAMBERTO COM UMA PESSOA ESTRANHA, ESTA PESSOA DEPOIS ENTROU ARMADO E QUERIA DA UNS TIROS NO VAMBERTO. O SEU IRMÃO JOÃO TOMOU A FRENTE E FOI BALEADO. VAMBERTO CONSEGUIU TOMAR A ARMA QUE "DISPAROU" NA CABEÇA DO AGRESSOR CONFORME SEQUENCIA DE FOTOS ABAIXO:
O fechamento do Bar Cristal no nosso bairro
Bar fechou suas portas.
Última vez da cerveja gelada com os amigos, Para Wamberto , no desligar das
luzes na madrugada de domingo restará o gosto de dever cumprido, de ter criado
um ponto no bairro, de ter vivido parte de sua história no bar: “vou embora de
cabeça erguida”. Restará também a saudade dos amigos, do ponto que fizeram seu
cotidiano em nosso querido bairro.
Para nós, frequentadores, restará a lembrança desse lugar onde
muitos ali se conheceram, cantaram, biritaram, deixaram penduras, jogaram
porrinha comemoramos nossas conquistas no futebol, enfim, vivemos bons momentos.
Tenho em meus arquivos essas fotos de comemorações no Bar, e do amigo Vamberto quando jogava no nosso time. As fotos, ignoro o fotógrafo,
mas devem ter sido clicadas pelo Ferreira, sempre de máquina em punho em busca
de uns trocados, principalmente depois das grandes conquista do time do Everton
Esporte Clube.
Clique nas fotos para ampliá-las.
7 comentários:
Ah que bacana esta bela lembrança de Wamberto tão bem desenhada pelo querido blogueiro Jóbedis, somente alguem que viveu aquela época poderia retratar de forma tão fiel os belos momentos de Wamberto, Joãozinho e o Bar cristal que, ao meu ver deveria ter o nome de Bar Diamante devido à grande influencia que teve sobre mim(nós) naquela Bela Epoque (bela época); poucas não foram as vezes que lançamos ao éter as nossas notas dissonantes de um violão plangente apaixonado pelas musicas da linda Jovem Guarda. Poucos tambem não foram os momentos em que chorávamos nossas "mágoas" e fazíamos nosso desabafos por exemplo, ao ouvirmos na calada da madrugada os resultados dos vestibulares. Wamberto não passou, o Barzinho tambem não, ficaram indeléveis na nossa lembrança aqueles momentos de uma juventude sadias e não maldosa como nos dias atuais, havia paz de espírito naquele recinto aconchegante e magia nas suas paredes que sabiam guardar os segredos dos jovens sonhadores da época.
Carlindo C Costa
Eita amigo Jobão, que bom rever tantas histórias da nossa época, e hoje vc nos faz relembrar tanta coisa bonita, alegre...mesmo triste mas são lembranças que ficaram em nossos corações, marcadas por uma imensa saudade.
Bar Cristal...mas, sempre a gente dizia, olha depois vamos comemorar lá no "Bar de Wamberto", esse sim, era o endereço certo.
Que bom hoje nós podermos dizer: "fomos companheiros do Bar de Wamberto" .
Mas não poderia eu Jonas didi deixar passar uma oportunidade dessa para contar uma gréia...
Eu estava no balcão tomando uma geladinha (fiado)...kkkkkk, quando Picolé entra e pede um copo com água, ele olha e diz,tudo bem, mas me disse, duvido é ele tomar a água sem colocar o "nariz" dentro do copo, kkkkkk.
Saudades amigo Wamberto, abs
Jonas didi
Bar Cristal!!!!
Um reduto de boêmios e de pessoas de bem com a vida. Recordo-me, dos acordos de “Cachepinha”....
Olha amigos...fiz meu comentário antes da foto da Galera do Bar Cristal...agora vejam como bate bem o que falei:
"fomos companheiros do Bar de Vamberto" - Picolé bebe na garrafa para felicidade de Wamberto, kkkk, o endereço certo era ai mesmo, que bela comemoração,e eu aqui feliz em rever tanta gente amiga....mas enfim cadê vc Jonas didi?...ora fui bater a foto, kkkkkkkk, tem outra foto não Jobão?...que legal, parabéns amigão.
Jonas didi
Bar Cristal! Esse ficou para sempre em nossas vida. Reduto de boêmios e local de comemorações inesquecíveis. Aos domingos saiamos para jogar pelo Everton, mas retornávamos para comemorar às vitorias lá no Bar do Vamberto. Geralmente ao som dos acordes de “Cachepinha” ou de Carlindo. Fazíamos coro nas músicas dos anos 60/70, muitos até desafinados o que irritava o tocador. Mas o que importa mesmo era a descontração e a curtição do momento. Lembro da cozinheira, Guia, que preparava os bolinhos de bacalhau, iguaria que nos acompanhava com a cerveja geladinha. Eu me divertia muito quando do encerramento das seções do cine São José. Vamberto mandava João colocar agua no suco para atender a demanda. Era tanta agua que o “ponche” ficava incolor. Eram situações inusitadas. Muito bem lembrado pelo editor a famosa listra dos mau pagadores. Eram colocado os nomes e a quantia devida no quadro negro, bem a mostra de quem chegava. Era um tremenda gozação em cima dos que faziam parte da listra de “veiacos”. Foi uma grande perda e tristeza maior para os frequentadores o fechamento do Bar Cristal. Era como se fosse nossa segunda casa.
Jobedis, valeu pelo resgate e a oportunidade de muitos assim como eu, relembrar dos tempos idos que marcaram nossa juventude. Faltou você mencionar às famosa “bengaladas” que víamos passar em direção à Praça do Trabalho. Coisas que só tinham no São José!
Abraços
Vadinho
No bar Cristal de Vamberto, existia tanta PAZ que até no tiroteio, entre mortos e feridos, ESCAPARAM TODOS!!!! Duda.
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