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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

"PAI VELHO" GRANDE DESPORTISTA DE CAMPINA GRANDE

POR:  JOBEDIS MAGNO DE BRITO NEVES




Quem é em Campina Grande das décadas de 60 e 70 que não conheceu a figura carismática do desportista Lindemberg Alves – o Pai Velho. Ele nasceu para servir ao próximo. Para mim, considero-o como um dos maiores desportistas do esporte amador de Campina Grande da época. Muitos também têm a mesma opinião. Teve um bom passado no esporte e no social. Comentar sobre a sua vida, não é fácil.  Um comentário só, é pouco demais. O seu currículo no esporte é invejável

 Ainda na adolescência, no inicio da década 60, quando iniciei praticamente a minha vida esportiva, tive o prazer de conhecer o “Pai Velho” uma das grandes lideranças do esporte amador de Campina Grande.  Tinha ele um poder invejável, comandando garotos e pré - adultos nas quadras esportivas da cidade.

 Uma grande amizade não há tempo que apague ou distância que separe. Estou falando do amigo Lindemberg Alves o “Pai Velho” morava no Monte Santo mais vivia e “trabalhava” (tinha um fiteiro) no bairro do São José, mais que há muitos anos assumiu o São José como seu bairro de coração. Hoje aposentado da UFCG.

Neste tempo de escassez de falta de ética, falta de confiança, falta de crédito do ser humano e com outros desvios de conduta como enganação, falta de dignidade no ser humano, mais felizmente conheci “Pai Velho”, uma pessoa que viveu sua vida para ser útil ao seu próximo. Sim simplesmente este era seu jeito de ser e agir e não há como falar do presente sem referenciar o passado. Volto ao tempo para relembrar algumas historias a qual tive o prazer de vivenciar ao lado do grande amigo “Lindeza” como também carinhosamente era chamado para os amigos mais íntimos.


Fui seu pupilo no time do Treze de futebol de salão e do Colégio Estadual da Prata nos meados da década de 60 e me impressiona como esse homem conseguiu fazer tantas coisas na época que nada tinha de estrutura, quem se lembra da quadra extinta do Treze que só  tinha um refletor para nossos treinamentos e se chovesse não podíamos treinar por que a quadra era descoberta,  e também da quadra do Colégio Estadual da Prata, foram este os lugares em que ocorreram  suas aulas, treinamentos para as  competições. Poucos se lembram destes locais, falar de Ginásio de Esportes era luxo naquele tempo, seus alunos eram pura motivação, pois ele transmitia esta energia, participavam das “aulas”, treinávamos e competíamos com orgulho e alegria vestindo a camisa do time e do nosso colégio.

Naqueles tempos dificuldades eram normais, faltava condução para competições na cidade ou fora, aí aparecia o super “treinador” com seu carro uma “Rural da Atecel onde Trabalhava” que entupia de gente o veiculo e fazia a locomoção dos seus atletas. Eu valorizo a historia porque um povo que ignora ou não recorda seu passado e não cultua suas tradições perde sua personalidade. O passado dá sentido e significado a ação futura, imagine você o que seria naquele tempo se existisse para nossos treinamentos Ginásios e campos de futebol e tantos outros locais para a prática esportiva? Hoje vivenciamos o inverso, temos quase tudo e pouco se faz.

Pai Velho tem várias peripécias a contar que daria a edição de um livro. Uma delas foi como quando o time do Treze foi jogar na cidade de Ceará Mirim no Rio Grande do Norte diante o selecionado local. Durante o trajeto da viagem de volta, um dos jogadores, cujo nome prefiro omitir, fez a Kombi parar na estrada. O mesmo tirou o short e fez “strip-tease”, parando totalmente o trânsito. O jogador não estava bêbado, era o seu jeito de ser, brincalhão por natureza. Não foi fácil para “Pai Velho, como chefe da delegação, contornar o problema”.



Pai Velho conhecia todos os bastidores do esporte amador campinense. No final da década 80 e no início da década 90, resolveu morar e trabalhar em João Pessoa.  Sua participação no esporte Campinense ficou “órfã” em todos os aspectos. Infelizmente, outros “Pai Velhos” não têm aparecidos.

Ainda escrevendo fico cada vez mais orgulhoso do “Pai Velho” de como uma pessoa pode realizar tantas coisas e ser útil para outros sem visar lucros ou interesse particular, sem discriminação, sem esperar que outros retribuíssem ou reconhecessem suas ações, mais ele fez, este homem de bom caráter, honesto e trabalhador com seus princípios que não é vergonhoso conduzir a vida honestamente, por que valores morais é um dever do ser cristão. Você me ensinou e a muitos amigos e sinto honrado e agradeço a “DEUS” de ter tido o privilégio de ser seu aluno e amigo. Lindemberg Alves de Melo o “Pai Velho” um admirável ser humano.


Por estes motivos e por muitos mais que aqui não mencionei, é que aproveitando esta singela homenagem ao meu grande amigo Lindemberg Alves – o Pai Velho, que neste momento peço permissão, para que em nome de todos  os amigos companheiros e desportistas  em geral, que com muita honra para mim, lerem este comentário.




Algumas fotos de Pai Velho como Treinador e dirigente esportivo:

















6 comentários:

Jonas didi disse...

Elogiar Pai Velho, tem que ser na medida certa e com palavras adequadas, não vou precisar discorrer linhas e linhas para isso, para esse ser humando só preciso dizer...VALEU PAI VELHO, como aqui cita o Jobão, seu currículo é invejável! Saudades do amigo, mas nunca o esquecimento, abraços Jonas didi

Anônimo disse...

Seu blog está com ótimas matérias, parabéns!
Seu blog foi selecionado para ser um Blogueiro responsável. Selecionamos os blogs mais influentes dentro de cada área, e estamos convidado os mesmos para participar da campanha de Marketing Digital da Casa Ronald McDonald RJ. Caso você queira participar, pedimos que envie um email para midiassociais@casaronald.org.br para que possamos explicar melhor como funcionaria!
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Abraços

Carlinhos disse...

Personagens que fizeram grandes realizações em prol do futebol amador de Campina Grande não podem ter o destino do ocaso. Um exemplo é meu amigo Pai Velho. Só você Jobédis, pode falar sobre a trajetória desse grande desportista.
Um grande abraço
Carlinhos

Marise Medeiros de Melo disse...

pai velho era demais ,cade a foto do melhor time handebol da prata

JOÃO MARIO disse...

Jóbedis, conhenci o Lindember "Pai Véi", como costumavámos chamá-lo, e trabalhei com ele na ATECEL.
Bom companheiro, honesto nas suas atitudes e como você frisou, não media esforços para conseguir os seus objetivos dentro da ética e profissionalismo.
Humilde, sempre tentava ajudar de alguma forma os seus amigos.
De fato deixou uma lacuna no nosso esporte.
Grande abraço ao amigo e grande trezeano PAI VÉI !

J0ão Mario

Lambreta disse...

Pai Veie (alcunhado de Limdemberg Alves),era um dos companheiros da Kombi em que cabia toda torcida do Botafogo(segundo Humberto).Sua tàtica era infalivèl;''tome àgua e chute no canto, com força que o goleiro não pega ou chute alto que o goleiro è baixo''. Um Abraço do amigo Lambreta

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