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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CANTINHO DA SAUDADE - HUMBERTO DE CAMPOS

É com muita tristeza que o Museu Virtual do Esporte Amador de Campina Grande homenageia um dos grandes nomes do esporte e jornalismo desportivo campinense, e porque não dizê-lo de todo o estado, mais concretamente Humberto de Campos o popular “Moça Velha”. Um homem por quem eu tinha uma grande admiração enquanto profissional e colega do esporte amador (com quem joguei futebol de salão pelo Treze e pelo Estudantes de futebol de salão), uma grande referência para mim que me considero um mero aprendiz na arte de escrever. 


Humberto foi um dos goleiros ídolos do amadorismo da cidade, por assim dizer, e no jornalismo desportivo, e foi com profunda tristeza que ao passar os olhos pelos jornais do dia do seu falecimento dei com a notícia da sua morte. Para quem não o conhece, o que julgo serem poucos, assinou milhares de crônicas a serviços nos órgãos de comunicação da cidade. 


Ficaria conhecido nos meandros do jornalismo esportivos como um comentarista implacável, acompanhando diversas vezes a comitiva dos órgãos da imprensa que trabalhava e equipas de futebol. O futebol de salão era uma das suas grandes paixões, sendo esta a área em que se tornaria um mito nesta profissão. Era adepto confesso do cinema, tendo escrito vários crônicas sobre este assunto. Depois de abandonar o esporte amador como jogador,  continuou a sua brilhante carreira de jornalista desportivo onde permaneceria até à hora da sua morte. 


Tive a oportunidade, e a honra, de conhecer pessoalmente este homem quando jogávamos juntos ou como adversários no amadorismo campinense. Morreu, vítima de doença que o afetava há algum tempo,  mas ficou imortalizado na história do amadorismo e do   jornalismo desportivo campinense.

ALGUNS CLUBES QUE HUMBERTO JOGOU EM CAMPINA GRANDE



ESTUDANTES: NO ALTO: PAULINHO, ADEMIR, ZACARIAS E JOBEDIS
ABAIXO: JORGE.  HUMBERTO DE CAMPOS E GIL SILVA







9 comentários:

Anônimo disse...

Quando na minha mocidade todos os mêses eu ia a Recife receber as comissões de meu pai que era representante comercial de várias firmas na capital pernambucana. No domingo joguei com Humberto, e na segunda encontrei ele no onibus viajando para Recife, ele me falou que ia a Rádio Clube para uma entrevista e me convidou como assessor dele, chegando lá me apresentou a Roberto Queiroz e a Ralfe de Carvalho, conversamos bastante, foi feito algumas entrevistas sobre esportes, mais a proposta não agradou a Humberto, preferiu ficar na Rainha da Borborema que era mais vantagem.
Carlinhos

Carlinhos disse...

Muitos criticavam como goleiro, joguei frequentemente de 1967 a 1971 com Humberto, posso dizer que era um grande goleiro. Ele se preocupava muito com Zé Guedes, na zaga quando jogava pelo Estudantes.
Carlinhos

JOÃO MÁRIO disse...

Conheci Humberto desde de 1957 onde o mesmo foi o primeiro goleiro de FUTSAL DO ESTUDANTES.Dai então a nossa amizade foi numa crescente e nos tornamos grandes amigos. Jogamos juntos também no futebol e também foi um dos grandes goleiros também no futebol.
Como cronista, foi um dos melhores do Radio Paraibano. Sincero, polemico,não se deixava dobrar por nada ! Em uma semana era DEUS para uma torcida e na outra era o Satanás para essa mesma torcida.
Humberto foi uma dessas pessoas que realmente deixou uma lacuna até agora não preenchida dentro da radiofonia campinense, como cronista esportivo!
Infelizmente ausentou-se muito cedo, mas deixou um legado que honra toda a nossa radiofonia !

adb237@gmail.com disse...

Jobedis, estou lhes devendo uma foto do oriente da liberdade, com Assis paraiba, Zé Preto, Gaminha, etc.....
Adilson

Joaquim Aldo Gaudencio disse...

Primão,Muito justa esta homenagem a Humberto de Campos.Como cronista esportivo nesta terra campinense não haverá outro.Fomos colegas no Estadual da Prata nos anos 50.Grande abraço e parabéns pelo blog.
há 11 horas · Curtir

Anônimo disse...

Humberto,unico goleiro de futebol que so pegava bola com os pes.Sua maior virtude era a reposição de bola(com as mãos ou com os pes). Sua maior defesa foi uma atrasada de Ze Guedes. Ele sofria duas vezes por semana, pois aguentava (cumpade)Ze Guedes no Sabado pelo Nacional de Zeze, e no Domingo pelo Estudantes. Onde vc estiver não se preocupe com seus livros e seus discos de vinil, pois estou guardando com o maior carinho.

Roberto Guarabira disse...

Humberto representou para a nossa Paraiba o que João Saldanha representava para o Brasil: um comentarista culto e respeitado pelas suas opiniões abalisadíssimas e pela sua dignidade como homem. Homem de caráter,de personalidade marcante, de opiniões próprias, que não se curvava diante de vantagens. No seu dicionário não existia a asquerosa palavra subserviência.
Com todo o prestígio que conquistou na radiofonia paraibana, nunca tirou proveito da fama que o tornou um verdadeiro ídolo.
Morreu pobre, mas digno do respeito de todos os que lhe conheciam e que tiveram a honra de privar da sua amizade, de sentar à sua mesa no Miura ou em Manoel da Carne de Sol, os locais que ele frequentava costumeiramente.
Com o microfone na mão, comentando um jogo, Humberto traduzia tudo o que o torcedor sentia e pretendia desabafar. Ele era o verdadeiro porta voz do torcedor. Traduzia toda a satisfação ou toda ira que o torcedor experimentava naquele momento. Era a verdadeira válvula de escape.
Escrevendo então, nem se fala. Quem era que não lia ou escutava pelas rádios (Borborema ou Caturité) o insubstituível JOGO DURO que era escrito no jornal e depois lido pelo rádio?
Humberto foi mais um ídolo que se foi e, infelizmente, como é a rotina da humanidade, caiu no esquecimento.
Parabéns ao meu prezado amigo Jóbedis por esta justíssima homenagem.
Fazia tempo que não houvia nem via alguem relembrar, de qualquer forma, o velho e querido amigo Humberto de Campos.
Mas são tão poucas as homenagens que lhe prestaram; totalmente desproporcional às que ele prestava, quase que diariamente em seus comentários, sempre lembrando aniversário de vida ou de morte de amigos, acontecimentos e fatos ocorridos que tornavam os seus comentários sempre atraentes.
Nem mesmo um comentário digno do seu prestígio eu vi ninguem fazer após a sua morte; coisa que ele sempre fazia quando morria um amigo seu.
Infelizmente a vida é assim mesmo.
Relembrando aquela música que o grande Nelson Gonçalves cantava, eu repito: quem tiver que fazer por mim, que faça agora.
Roberto Guarabira.

davi disse...

Bons tempos aqueles, não perdia um dia se que os comentários de Humberto de Campos, sobre futebol e outras coisas, pessoa culta que era, da política, cultura e futebol. Saudades.

marquinho disse...

tive a oportunidade de jogar contra o estudantes e ter feito um gol no inesquesivel unberto de campos que deus o tenha.

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